Fatores de risco para uso do tabaco em adolescentes de duas escolas do município de Santo André, São Paulo

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Paulista de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-06

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar fatores de risco para uso de tabaco em estudantes de duas escolas do ensino médio do município de Santo André (SP) em 2005, bem como traçar o perfil do adolescente experimentador do fumo. MÉTODOS: Estudo transversal, com questionário padronizado, autoaplicável e anônimo aplicado a adolescentes escolares de ambos os sexos, matriculados no primeiro ano do ensino médio de duas escolas de Santo André, uma particular e outra pública. Foram levantadas as seguintes variáveis: idade, sexo, raça, prática de esportes, religião e hábitos do adolescente e da família. Definiu-se como "experimentador do fumo" o adolescente que experimentou cigarro (tabaco) e não continuou o hábito tabagista. Foi feita a análise descritiva com o teste do qui-quadrado e os fatores de risco para "experimentar fumo" foram analisados por regressão logística. RESULTADOS: Dos 232 questionários aplicados, 226 (90%) foram respondidos, sendo 137 (61%) na escola particular e 89 (39%) na estadual. Dentre os entrevistados, 54 (24%) referiram já ter experimentado tabaco uma vez na vida (35 na escola privada e 19 na pública). Foram fatores de risco significativos para experimentar fumo na escola particular: mãe fumante (OR 12,4; IC95% 4,1-37,8) e amigos fumantes (OR 9,6; IC95% 3,1-29,9). Na escola pública, os fatores de risco para a mesma variável foram: consumo de bebida alcoólica (OR 8,8; IC95% 1,9-40,1), amigos fumantes, (OR 7,9; IC95% 1,9-31,3) e contato com fumaça do cigarro (OR 6,4; IC95% 1,6-26,2). CONCLUSÕES: Observou-se influência significativa do meio ambiente do adolescente, inclusive social e familiar, para a experimentação do tabaco.

ASSUNTO(S)

adolescente comportamento do adolescente tabagismo tabaco

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