Fatores de risco para óbitos neonatais no Recife: um estudo caso-controle

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-08

RESUMO

OBJETIVOS: a mortalidade neonatal é o componente mais importante da mortalidade infantil na cidade do Recife. Este estudo teve como objetivo determinar os principais fatores de risco para morte neonatal no município do Recife em 1995. MÉTODOS: o desenho do estudo foi do tipo caso-controle. Realizou-se a validação dos bancos de dados do Sistema de Informação em Mortalidade e Sistema de Informação Nascido Vivo, para mães residentes no Recife, no ano de 1995. Obteve-se, após técnica do linkage entre os dois bancos de dados, amostra com 456 casos e 2.280 controles. Como medida de risco utilizou-se Odds Ratio, com intervalo de confiança de 95% e para a diferença de proporção, o teste qui quadrado. Utilizou-se na análise multivariada a técnica da regressão logística. RESULTADOS: verificou-se que 358 (79,7%) das crianças que evoluíram para óbito foram de baixo peso ao nascer, com risco de morte 46 vezes superior (IC=33,8-59,0 P < 0,001) para aquelas com este atributo em relação às nascidas com peso maior ou igual a > 2.500g. Por ordem decrescente de valores da medida de associação de morte neonatal com as variáveis estudadas através da análise multivariada, os principais fatores de risco foram peso ao nascer < 1.500g (OR=49,6 IC=22,6-108,7 P < 0,001), Índice de Apgar do quinto minuto < 7 (OR=44,1 IC=25,1-77,2 P < 0,001), peso ao nascer entre 1.500g e 2.500g (OR=8,19 IC=4,8-14,0 P < 0,001), idade gestacional < 37 semanas (OR=4,3 IC=2,6-7,1 P < 0,001). CONCLUSÕES: recomenda-se que entre as variáveis estudadas, estas três sejam consideradas fatores de risco importantes para vigilância da morte neonatal, em particular o baixo peso ao nascer.

ASSUNTO(S)

mortalidade neonatal fatores de risco caso-controle baixo peso ao nascer

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