Fatores de risco para acidente vascular cerebral isquêmico no perioperatório de cirurgia cardíaca

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Cardiovasc. Surg.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-09

RESUMO

ResumoObjetivo:O objetivo do presente trabalho foi avaliar os fatores de risco para acidente vascular encefálico isquêmico em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca.Métodos:Entre janeiro de 2010 e dezembro de 2012, foram analisados prospectivamente 519 pacientes consecutivos submetidos à cirurgia cardíaca. A amostra foi dividida em dois grupos: os pacientes com acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi) trans e pós-operatório foram alocados no grupo GAVEi (n=22) e os demais pacientes no grupo CControle (n=497). As seguintes variáveis foram comparadas entre os grupos: sexo, idade, estenose carotídea >70%, diabetes em uso de insulina, doença pulmonar obstrutiva crônica, arteriopatia periférica, função renal, angina instável, função do ventrículo esquerdo, infarto agudo do miocárdio recente, hipertensão arterial pulmonar, uso de circulação extracorpórea. Acidente vascular encefálico isquêmico foi definido como presença de sintomas de duração maior que 24 horas associados à alteração em tomografia de crânio. As variáveis foram comparadas, por meio do teste exato de Fisher, Qui quadrado, teste t de Student e regressão logística.Resultados:Verificou-se a ocorrência de acidente vascular encefálico isquêmico em 4,2% dos pacientes e os fatores de risco estatisticamente significativos foram: estenose carotídea de 70% ou mais (P=0,03; OR 5,07; IC 95%: 1,35 a 19,02), diabetes em uso de insulina (P=0,04; OR 2,61; IC 95%: 1,10 a 6,21) e arteriopatia periférica (P=0,03; OR 2,61; IC 95%: 1,08 a 6,28).Conclusão:Foram fatores de risco para acidente vascular encefálico isquêmico: estenose carotídea de 70% ou mais, presença de diabetes em uso de insulina e presença de arteriopatia periférica.

ASSUNTO(S)

acidente cerebral vascular estenose das carótidas procedimentos cirúrgicos cardíacos

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