Fatores de risco individuais e familiares no desenvolvimento da pré-eclâmpia

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/07/2010

RESUMO

A pré-eclâmpsia é uma doença espectral, com formas distintas, podendo evoluir com complicações multissistêmicas graves. Este presente trabalho teve como objetivos determinar os fatores de risco envolvidos com a pré-eclâmpsia (PE); validar a existência de agregação de doença hipertensiva em famílias de gestantes com préeclâmpsia; verificar a existência de associação entre polimorfismo no gene do VEGF e determinar os níveis de VEGF e seu receptor solúvel (sFlt1). Um estudo caso-controle foi realizado (n=851). A genotipagem do VEGF foi realizada e os níveis séricos de VEGF e sFlt1 foram determinados por ELISA. Foi observado que 38 % das mães (173 de 455) de um caso de pré-eclâmpsia e 30.8% (78 de 361) dos controles apresentavam história de hipertensão (p<0.0001). De forma que 14.6% (48 de 328) das mães das gestantes com pré-eclâmpsia e 9.6% (12 de 294) das mães dos controles tinham história de pré-eclâmspia (p=0.0001). Quanto à história materna de eclâmpsia, observou-se que 5.1% (15 de 295) dos casos e 3.6% (7 de 314) dos controles tinham história de pré-eclâmpsia (p=0.0568). Irmãs das gestantes com pré-eclâmpsia tinham também história de doença hipertensiva em 9% (41 de 455), versus 6.6% (13 de 361) dos controles, p=0.002. Da mesma forma ao ser examinada a história de pré-eclâmpsia em irmãs, observou-se que 22.7% (57 de 251) das irmãs dos casos de pré-eclâmpsia, versus 11.4% (26 de 228) dos controles apresentavam história de pré-eclâmpsia (P=0.0011). O VEGF livre estava diminuído no soro dos casos (P<0.05) enquanto que o receptor solúvel do VEGF estava aumentado. Não foi observada associação entre polimorfismos nos genes do VEGF e pré-eclâmpsia. Os dados obtidos neste trabalho validam que doença hipertensiva em mães e irmãs com pré-eclâmpsia são fatores de risco para pré-eclâmpsia. O risco de doença na família é maior de acordo com a gravidade da doença. A história de pré-eclâmpsia elevada em familiares dos controles respectivamente, 9,6% e 11,4%, em mães e irmãs dos controles demonstram que a pré-eclâmpsia é uma doneça freqüente nesta população. Trabalho está sendo conduzido para realizar estudos de varredura ampla do genoma, para permitir identificar loci de susceptibilidade

ASSUNTO(S)

pre-eclâmpsia eclâmpsia síndrome hellp fatores de risco ciencias da saude

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