Fatores de risco e protetores para toxocaríase em crianças de duas diferentes classes socioeconômicas do Brasil
AUTOR(ES)
Santarém, Vamilton Alvares, Leli, Flávia Noris Chagas, Rubinsky-Elefant, Guita, Giuffrida, Rogério
FONTE
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-04
RESUMO
A finalidade do presente estudo foi avaliar a prevalência de anticorpos anti-Toxocara spp. em crianças de duas diferentes classes sociais do município de Presidente Prudente, São Paulo, Brasil, e os fatores protetores e de risco associados à toxocaríase. Foram incluídas no estudo 126 crianças de classe média (CM) e 126 de baixa renda (BR). O teste ELISA foi realizado para avaliar a seroprevalência. Um questionário foi aplicado aos pais ou responsáveis pelas crianças para análise dos fatores protetores e de risco. A prevalência na população foi de 11,1%, sendo de 9,5% (12/126) e 12,7% (16/127) para os subgrupos CM e BR. A seropositividade foi inversamente proporcional à renda familiar. Observou-se que uma alta renda familiar foi considerado um fator de proteção tanto para a população total como para ambos os subgrupos CM e BR. Da mesma forma, ser criança do sexo feminino foi outro fator de proteção para a população total e para os dois subgrupos. Possuir gato foi um fator de risco para a população total e para os dois subgrupos estudados, enquanto que possuir cão foi considerado como fator de risco apenas para as crianças de classe média. Os fatores protetores e de risco podem ser diferentes em uma mesma população a depender do estrato social. Dessa forma, é relevante avaliar esses fatores independentemente para diferentes classes sócio-econômicas para elaboração de futuros estudos e programas de prevenção à infecção humana por Toxocara spp. e outros geohelmintos.
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