Fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis na população de Belo Horizonte: Vigitel 2008

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. epidemiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-09

RESUMO

Introdução: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são as principais causas de morte, tendo os Fatores de Risco (FR) conhecidos, evitáveis e passíveis de intervenção. Objetivo: Identificar a prevalência dos FR e proteção para DCNT em Belo Horizonte, 2008. Metodologia: Foram analisados dados do Vigitel, para Belo Horizonte, 2008. São apresentados as frequências dos FR segundo sexo, escolaridade, sendo calculados o valor de p e a RP. Resultados: Os homens apresentaram maior prevalência dos seguintes FR: consumo de carne e leite com gorduras, refrigerantes, consumo abusivo de bebida alcoólica, dirigir após beber, ex-fumantes. Homens também apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação aos fatores de proteção como: consumo de feijão e atividade física no tempo livre. Mulheres apresentaram maiores frequências no consumo de FVL, proteção contra a radiação ultravioleta, autoavaliação de saúde ruim, e declararam mais morbidades como: HA, dislipidemia, asma e osteoporose. Adultos com baixa escolaridade comparados com elevada escolaridade (referência) apresentaram as seguintes RP: fumo RP 2,09 (IC95% 1,43 - 3,05); consumo de 20 cigarros e mais RP 2,54 (IC95% 1,19 - 5,43); excesso de peso RP 1,27 (IC95% 1,02 - 1,56); obesidade RP 1,6 (IC95% 1,04 - 2,47); consumo de refrigerantes RP 2,07 (IC95% 1,51 - 2,83); consumo de FVL como recomendado RP 0,53 (IC95% 0,40 - 0,72); consumo de feijão RP 1,15 (IC95% 1,05 - 1,27); assistir TV RP 1,33 (IC95% 1,00 - 1,77); dirigir após consumo de álcool RP 0,14 (IC95% 0,04 - 0,53); hipertensão arterial RP 1,75 (IC95% 1,37 - 2,24); diabetes RP 2,24 (IC95% 1,23 - 4,09). Conclusão: Os inquéritos telefônicos são um importante método para monitorar a distribuição dos FR e proteção na população, permitindo orientar programas de promoção à saúde e de prevenção.

ASSUNTO(S)

fatores de risco doenças crônicas monitoramento vigilância

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