Fatores de risco associados com o óbito em pacientes que iniciam o tratamento para a tuberculose após dois diferentes períodos de seguimento

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Epidemiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: A mortalidade por tuberculose, que deveria ser um evento raro, ainda acomete uma grande parcela da população dos países em desenvolvimento. Nesse contexto, Recife, situada no Nordeste do Brasil, tem uma das mais altas taxas de mortalidade das capitais brasileiras. OBJETIVO: Analisar a probabilidade de sobrevida e identificar os fatores de risco para o óbito por tuberculose numa coorte de pacientes que iniciaram o tratamento na cidade do Recife. METODOLOGIA: Uma coorte de pacientes com tuberculose recém-diagnosticada foi acompanhada a partir do início do tratamento (2001-2003) até junho de 2007. A probabilidade de sobrevida foi calculada através do Kaplan-Meier e realizou-se a análise de regressão de Cox para a identificação dos fatores de risco para o óbito. RESULTADOS: A probabilidade de sobrevida após o início do tratamento ao final do período de seguimento foi de 95,9%. Idade mais avançada, sorologia positiva para HIV e demora em iniciar o tratamento estiveram estatisticamente associadas com o óbito por tuberculose em um ano de acompanhamento. Quando a análise foi realizada considerando o tempo total de acompanhamento, além das variáveis anteriores, encontramos também perda de peso no inicio do tratamento e história de tratamento prévio. CONCLUSÃO: A análise com maior período de seguimento e mais específica para mortes por tuberculose possibilitou a identificação de um maior número de fatores de risco, que não seriam detectados caso o seguimento tivesse ocorrido apenas até a alta do tratamento. Esses resultados podem guiar intervenções factíveis para os serviços de saúde visando reduzir a mortalidade por tuberculose.

ASSUNTO(S)

tuberculose Óbito coorte análise de sobrevida

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