Fatores de risco associados a delírio no despertar da anestesia em crianças submetidas à cirurgia ambulatorial
AUTOR(ES)
Barreto, Ana Carolina Tavares Paes, Paschoal, Ana Carolina Rangel da Rocha, Farias, Carolina Barbosa, Borges, Paulo Sérgio Gomes Nogueira, Andrade, Rebeca Gonelli Albanez da Cunha, de Orange, Flávia Augusta
FONTE
Rev. Bras. Anestesiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-04
RESUMO
Resumo Introdução Delírio ao despertar anestésico é um fenômeno clínico autolimitado muito comum em crianças. Apesar de fisiopatologia ainda incerta, alguns fatores parecem estar envolvidos, como despertar rápido em um ambiente desconhecido, agitação durante a indução anestésica, ansiedade pré-operatória, perturbações ambientais, uso de medicação pré-anestésica, uso de anestésicos inalatórios e dor pós-operatória. Objetivo Determinar a prevalência e os fatores de risco associados ao delírio ao despertar anestésico em crianças submetidas à cirurgia ambulatorial. Métodos Estudo observacional prospectivo, envolveu 100 crianças entre dois e 10 anos, submetidos à cirurgia em caráter ambulatorial. As variáveis de estudo foram: delírio ao despertar anestésico e os fatores de risco associados (ansiedade pré-operatória, comportamento impulsivo da criança, uso de medicação pré-anestésica, indução traumática, tipo de anestesia e dor pós-operatória). Foi feita a regressão multivariada de Poisson para análise das possíveis variáveis explanatórias, na qual foram estimadas as razões de prevalência com os respectivos intervalos de confiança de 95%, considerou-se o nível de significância de 5%. Resultados Delírio e dor foram observados em 27% e 20% das crianças respectivamente. Apenas a dor no pós-operatório, após a regressão de Poisson, mostrou ter uma associação com o delírio ao despertar anestésico, cuja razão de prevalência foi 3,91 (p < 0,000). Conclusão O presente estudo evidenciou uma prevalência de delírio ao despertar anestésico de 27% na população estudada. A incidência de delírio ao despertar anestésico foi maior em crianças que apresentaram dor no pós-operatório.
ASSUNTO(S)
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