Fatores clínicos e metabólicos em mulheres com diabetes mellitus gestacional e associação com adipocitocinas plasmáticas

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/06/2011

RESUMO

INTRODUÇÃO: O diabetes mellitus gestacional (DMG) contribui para que mulheres apresentem risco elevado de desenvolver diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Dentre os fatores clínicos e metabólicos associados à ocorrência de DM2 em mulheres com DMG, podem-se citar a gravidade da intolerância à glicose durante a gestação e após o parto, sobrepeso e obesidade, história familiar e fatores que recentemente têm sido apontados como possíveis preditores para o diabetes - as adipocitocinas. OBJETIVOS: Identificar os fatores clínicos e metabólicos presentes em mulheres com diagnóstico de DMG e correlacioná-los às adipocitocinas plasmáticas, adiponectina e leptina, e metabólitos plasmáticos (colesterol total, triglicérides e glicose). RESULTADOS: A idade média das gestantes foi de 32,5 ± 4,2 anos. A presença de história familiar de diabetes foi de 77,6% (52), a idade gestacional média ao diagnóstico de DMG foi de 25,4 ± 5,0 semanas, com glicemias médias ao teste oral de tolerância à glicose (TOTG 2h) de 162,9 ± 24,1 mg/dl. Com relação ao uso de insulina na gestação, 30,0% (20) das gestantes utilizaram esse tipo de tratamento. Antes da gestação, 32,8% (22) das mulheres apresentavam sobrepeso e no terceiro trimestre, 49,2% (32) obesidade. As concentrações de adiponectina no terceiro trimestre gestacional estão correlacionadas com variáveis do diagnóstico de DMG, como a semana de diagnóstico (r=0,561; p=0,002) e resultados do TOTG 2h após desafio com solução de glicose (r=-0,556; p=0,001). Não houve correlação significativa entre adiponectina e índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional ou no terceiro trimestre, bem como entre adiponectina e concentração de glicose no terceiro trimestre (r=0,121, p=0,540; r=0,185, p=0,320 e r=-0,191, p=0,303, respectivamente). As concentrações de leptina no terceiro trimestre estão correlacionadas positivamente com as glicemias ao diagnóstico, no TOTG de jejum (r=0,449, p=0,028). CONCLUSÃO: Destaca-se a presença de história familiar de diabetes, uso de insulina na gestação, sobrepeso pré-gestacional e obesidade na gestação. Verificou-se correlação existente entre as adipocitocinas plasmáticas e os fatores clínicos e metabólicos associados à ocorrência de DM2, ao passo que não houve correlações para os metabólitos plasmáticos. Os resultados sugerem que as adipocitocinas leptina e adiponectina podem estar associadas à gravidade do DMG, e consequentemente serem importantes indicadores para o risco da ocorrência de DM2.

ASSUNTO(S)

enfermagem teses enfermagem decs diabetes gestacional/diagnóstico decs diabetes gestacional/fisiopatologia decs diabetes gestacional/epidemiologia decs diabetes mellitus tipo 2/complicações decs fatores de risco decs adipocinas decs Índice de massa corporal decs obesidade decs intolerância à glucose decs humanos decs feminino decs gravidez decs dissertações acadêmicas decs hábitos alimentares decs

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