Fatores associados com invasão dos nodulos linfaticos retroperitoniais em pacientes com cancer do ovario

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1996

RESUMO

Os objetivos deste estudo clínico retrospectivo foram avaliar a importância diagnóstica da linfadenectomia retroperitoneal nas pacientes portadoras de câncer do ovário submetidas a cirurgia de estadiamento e, nos tumores epiteliais, correlacionar a invasão linfonodal com algumas características da paciente e da doença. Foram avaliados os prontuários de 92 pacientes com diagnóstico de câncer do ovário, confirmado histologicamente e submetidas à laparotomia com linfadenectomia retroperitoneal no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) no período de janeiro de 1990 a maio de 1996. O comprometimento linfonodal foi significativamente maior nas pacientes com tumores de células germinativas (53%) quando comparadas com aquelas portadoras de neoplasias epiteliais (22%). A freqüência das metástases paraórticas foi maior que das pélvicas nos tumores germinativos não havendo diferença nos epiteliais. A invasão linfonodal, nas pacientes com doença macroscopicamente restrita aos ovários, foi de 13% considerando-se os tumores de células epiteliais e 42% para os tumores de células germinativas, sendo esta diferença estatisticamente significativa. Nas pacientes com neoplasias epiteliais, o tipo e grau histológico, tamanho do tumor primário e presença de ascite não estiveram relacionados com a invasão linfonodal. A menor idade, bilateralidade e presença de células malignas nacitologia peritoneal apresentaram uma tendência a maior freqüência de metástases linfonodais. A extensão macroscópica abdominal da doença esteve significativamente associada com a invasão linfonodal retroperitoneal em todos os modelos estatísticos. Concluímos que a linfadenectomia retroperitoneal para estadiamento, deva ser realizada em todas as pacientes operáveis, independente da linhagem epitelial ou germinativa

ASSUNTO(S)

ovarios - cancer cirurgia

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