Fatores associados com a dominância parasitária em peixes do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Parasitol. Vet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/06/2016

RESUMO

Resumo Este estudo avaliou, por meio de modelos de regressão e sob o ponto de vista epidemiológico, a existência de fatores que podem influenciar a dominância numérica parasitária. Utilizou-se um banco de dados, contendo 3.746 espécimes de peixes e seus respectivos parasitos, para avaliar a relação da dominância parasitária com características bióticas inerentes aos hospedeiros e aos táxons parasitários estudados. Foram ajustados modelos de regressão linear multivariada, clássico e de efeitos mistos. Os cálculos foram realizados no software R (IC 95%). No ajuste do modelo de regressão linear múltipla clássico, as espécies de peixes dulcícolas, as planctívoras e o comprimento do corpo foram associadas à dominância parasitária, assim como os táxons Trematoda, Monogenea e Hirudínea. Entretanto, o ajuste do modelo de efeitos mistos demonstrou que apenas o comprimento do hospedeiro e os táxons Nematota, Trematoda, Monogenea, Hirudínea e Crustácea estão associados significativamente a dominância parasitária. Estudos que considerem os aspectos biológicos específicos dos hospedeiros e dos parasitos devem ampliar o entendimento sobre os fatores que interferem na dominância numérica em peixes do Brasil. A utilização do modelo misto demonstra, mais uma vez, a importância do uso adequado do modelo que respeite a natureza dos dados para a obtenção de resultados consistentes.

ASSUNTO(S)

s: epidemiologia ecologia parasitária modelo misto análise de regressão linear múltipla

Documentos Relacionados