Fatores associados ao hábito de fumar entre idosos (Projeto Bambuí)

AUTOR(ES)
FONTE

Revista de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-10

RESUMO

OBJETIVO: Descrever as características e fatores associados ao hábito de fumar em uma população idosa. MÉTODOS: Estudo de base populacional realizado com 1.606 (92,2%) idosos (>60 anos) residentes na cidade de Bambuí, Estado de Minas Gerais, em 1997. As variáveis estudadas foram: fatores sociodemográficos, condições de saúde, função física, uso de serviço de saúde e de medicamentos. Os dados foram coletados por meio de entrevista. A regressão logística multinomial foi utilizada para avaliar associações independentes entre o hábito de fumar (atual e passado) e as variáveis exploratórias. RESULTADOS: A prevalência de tabagismo atual e passado foi de 31,4% e 40,2% entre os homens, e de 10,3% e 11,2% entre as mulheres, respectivamente (p<0,001). Entre os tabagistas atuais, os homens consumiam maior número de cigarros diários e iniciaram o hábito mais cedo do que as mulheres. Entre os homens, o tabagismo atual apresentou associação independente e negativa com idade (>80 anos) e escolaridade (>8 anos) e associação positiva com percepção ruim da saúde e não ser casado. Entre as mulheres, associações independentes e negativas com tabagismo atual foram observadas para idade (75-79 e >80 anos) e escolaridade (4-7 e >8 anos). CONCLUSÕES: O tabagismo constituiu um problema de saúde pública entre os idosos da comunidade estudada, sobretudo no sexo masculino. Mesmo em uma população de baixa escolaridade, o grau de instrução foi fator protetor para o tabagismo em ambos os sexos. Programas para a redução do tabagismo na população idosa deveriam levar estes resultados em consideração.

ASSUNTO(S)

tabagismo idoso levantamentos epidemiológicos prevalência epidemiologia fatores socioeconômicos escolaridade

Documentos Relacionados