Fatores associados à não utilização da teleconsultoria por médicos da Estratégia Saúde da Família

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. saúde coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

05/08/2019

RESUMO

Resumo Este estudo objetivou avaliar a frequência e os fatores associados à não utilização do serviço de teleconsultoria por médicos que atuam na Estratégia Saúde da Família (ESF) no Norte de Minas Gerais. Trata-se de um estudo transversal que utilizou questionário autoaplicado, previamente testado. A análise de regressão de Poisson com variância robusta foi empregada após análises bivariadas para identificação dos fatores associados à não utilização do serviço de teleconsultoria. Participaram do estudo 385 médicos de 73 municípios. A frequência de não utilização do serviço de teleconsultoria pelos médicos da ESF foi de 55,8%. Foram identificadas como variáveis associadas após análise múltipla a indisponibilidade de computador com internet na Unidade Básica de Saúde (UBS) para uso do profissional médico (p = 0,001; RP = 1,10; IC95%: 1,04-1,17), a falta de informação sobre o serviço (p < 0,001; RP = 1,47; IC95%: 1,38-1,56) e a falta de treinamento para uso da teleconsultoria (p < 0,001; RP = 1,15; IC95%: 1,08-1,24). Os resultados reforçam que a infraestrutura de informática das UBS, a divulgação do serviço e a oferta de treinamento devem direcionar as estratégias para implementação, difusão e melhoria da qualidade do serviço de teleconsultoria na atenção primária.Abstract This study sought to evaluate the frequency and factors associated with non-use of telehealth consultancy by physicians who work in the Family Health Strategy (FHS) in the North of the State of Minas Gerais. It is a cross-sectional study that used a previously-tested self-administered questionnaire. Poisson regression analysis with robust variance was used after bivariate analysis to identify the factors associated with non-use of telehealth consultancy. A total of 385 physicians from 73 municipalities participated in the study. The frequency of non-use of telehealth consultancy by physicians in the FHS was 55.8%. After multiple analysis, the following variables were identified: the lack of availability of computers and Internet access in the Basic Health Units (BHU) for medical professionals (p = 0.001; PR = 1.10; 95% CI: 1.04-1.17), the lack of information about telehealth consultancy (p< 0.001; PR = 1.47; 95% CI: 1.38-1.56) and lack of training in telehealth consultancy (p < 0.001; PR = 1.15; 95% CI: 1.08-1.24). The results support that the informatics infrastructure of the BHU, the dissemination of the service and the training should orient the strategies for implementation, diffusion and improvement of the quality of telehealth consultancy services in primary health care.

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