Fatores associados à hanseníase em crianças contatos de adultos notificados em umaregião endêmica do Centro-Oeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

Resumo Objetivos: Analisar os fatores associados à hanseníase em crianças contatos intradomiciliares de adultos notificados com a doença em município endêmico, Mato Grosso, Brasil. Método: Estudo caso-controle com 204 menores de 15 anos residentes em um município endêmico. Consideraram-se casos (n = 40) crianças registradas com hanseníase no Sistema Nacional de Agravos de Notificação em 2014 e 2015 e que eram contatos intradomiciliares de pelo menos um adulto diagnosticado com a doença na família e como grupo controle (n = 164) crianças residentes a um raio de 100 metros dos casos notificados. Os dados foram obtidos por meio de análise de prontuários, entrevistas e coleta de amostras de sangue para investigação sorológica do anti-PGL-I pelo método Elisa. Usou-se a técnica de regressão logística binária e p ≤ 0,05. Resultados: Mostraram-se associados à hanseníase após ajustes: idade (IC 95%: 1,24-9,39; p = 0,018), zona de residência (IC 95%: 1,11-6,09; p = 0,027), destino de lixo (IC 95%: 1,91-27,98; p = 0,004), história da doença na família (IC 95%: 3,41-22,50; p = 0,000) e tempo de moradia (IC 95%: 1,45-7,78; p = 0,005). Conclusão: Os fatores associados à doença indicam maior vulnerabilidade em menores de 8 a 14 anos, ligadas as condições e ao tempo de moradia, bem como a história da doença na família.

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