Fatigue in Brazilian patients with Parkinson’s disease

AUTOR(ES)
FONTE

Dementia & Neuropsychologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

RESUMO. A fadiga é um sintoma não motor de elevada prevalência na doença de Parkinson, no entanto ela ainda é desconhecida e negligenciada por profissionais de saúde. Objetivo: Demonstrar a prevalência de fadiga em pacientes com doença de Parkinson após a exclusão de fatores de confusão, bem como sua correlação com dados clínicos e demográficos, comprovando seu impacto negativo na qualidade de vida desses pacientes. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com 237 pacientes selecionados aleatoriamente. De acordo com critérios de inclusão e exclusão, escolhemos 53 pacientes, que foram então submetidos à Escala de Gravidade de Fadiga. Analisaram-se também dados clínicos e demográficos, comparando-os entre os pacientes com e sem fadiga. Resultados: Identificamos fadiga em 21 pacientes (39,62%). Pacientes com e sem fadiga apresentaram pontuação média semelhante na Escala Unificada de Avaliação para Doença de Parkinson (UPDRS-III) (p=0,36), dose diária equivalente de levodopa (p=0,94), tempo médio de duração da doença (p=0,43) e idade média (p<0,99). Pacientes fatigados apresentaram piores índices de qualidade de vida (Parkinson’s Disease Questionnaire - PDQ-39) (p=0,00). Não observamos correlação entre fadiga, tempo de doença (r=0,11; p=0,43), idade (r=0,00; p=0,99) e UPDRS-III (r=0,20; p=0,16). Conclusões: A fadiga é um sintoma de alta prevalência e independente na doença de Parkinson. Não há correlação entre idade, tempo médio de duração da doença, comprometimento motor e sua presença. Possui impacto negativo na qualidade de vida.

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