Fases larvais do mexilhão dourado Limnoperna fortunei (Dunker) (Mollusca, Bivalvia, Mytilidae) na Bacia do Guaíba, Rio Grande do Sul, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zoologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-09

RESUMO

Desde o final de 1998, um pequeno bivalve invasor, o "mexilhão dourado", Limnoperna fortunei (Dunker, 1857), oriundo do sudeste asiático, está presente no sul do Brasil. Foi provavelmente transportado, não intencionalmente, através de água de lastro para a Bacia do Guaíba, Rio Grande do Sul, Brasil. Em nosso meio, este molusco vem causando problemas de "macrofouling" com grandes prejuízos econômicos e danos à fauna e flora. As coletas foram qualitativas e quantitativas quinzenais no período de um ano, no lago Guaíba, Praia do Veludo (30°12'35"S, 51°11'68"W), ao sul do município de Porto Alegre. Utilizou-se rede de plâncton com abertura de malha equivalente a 36 mm, filtrando-se a quantidade de 30 litros de água. Descrevem-se brevemente as diferentes fases larvais com parâmetros do comprimento. Primeiramente reconhece-se um estágio ciliado, desenvolvendo-se em trocófora (comprimento de 80 µm a 125 µm) com quatro fases distintas, e valvadas com a larva "D" (120 µm a 150 µm), o veliger de charneira reta (150 µm a 190 µm), o veliger umbonado (190 µm a 220 µm) e o pediveliger (220 µm a 250 µm). Quando pós-larvas ou plantígradas (comprimento em torno de 300 µm), começam a secretar o fio de bisso, permitindo a fixação ao substrato. Constatou-se a presença de larvas durante todos os meses amostrados, com picos nos meses de outubro a dezembro.

ASSUNTO(S)

Água-doce américa do sul invasor lavar

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