Farmacoepidemiologia das drogas antiglaucomatosas no Brasil de 2012 a 2018

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras.oftalmol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-03

RESUMO

Resumo Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico do tratamento clínico para o glaucoma no Brasil fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2018. Métodos: Estudo quantitativo e descritivo, utilizando a base de dados disponível no Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS). As variáveis utilizadas foram: tratamento monocular com drogas de primeira, de segunda e de terceira linha; tratamento monocular com combinações de duas drogas e de três drogas de diferentes linhas; tratamento binocular com drogas de primeira, de segunda e de terceira linha; e tratamento binocular com combinações de duas drogas e de três drogas de diferentes linhas. Resultados: Durante o período analisado, a prevalência de terapias clínicas para o glaucoma aumentou entre 2012 e 2017 e diminuiu entre 2017 e 2018. Dos pacientes tratados clinicamente, 96% eram portadores de glaucoma binocular. Entre as regiões do Brasil, o Nordeste teve a maior prevalência de glaucoma binocular (cerca de 60% do número de casos), e a terapia mais comum foi a combinação de duas drogas de diferentes linhas. A região Sudeste teve a maior concentração de glaucoma monocular (53% dos casos), e a terapia predominante foi a combinação de três drogas de diferentes linhas. A região Centro-Oeste apresentou a menor prevalência de tratamentos monoculares para o glaucoma (menos de 6%). Conclusão: No Brasil, o maior número de tratamentos oferecidos pelo sistema público de saúde foi nas regiões Nordeste e Sudeste. Existe uma alta prevalência nacional e um alto potencial para morbidade desta doença. Portanto, é necessário fortalecer programas voltados para o diagnóstico precoce e para o tratamento adequado a fim de reduzir os resultados adversos.

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