Falha da azitromicina e do antimonial no tratamento da leishmaniose cutânea em Manaus, AM, Brasil
AUTOR(ES)
Teixeira, Alan César, Paes, Marcilene Gomes, Guerra, Jorge de Oliveira, Prata, Aluízio, Silva-Vergara, Mario León
FONTE
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-06
RESUMO
Com o objetivo de avaliar a eficácia da azitromicina no tratamento da leishmaniose cutânea, foi realizado ensaio comparativo, em Manaus. Foram recrutados 49 pacientes de ambos os sexos, com idades entre 14 e 70 anos que apresentassem úlceras cutâneas com menos de três meses de evolução e que tivessem exame direto positivo para amastigotas de leishmânia. Estes pacientes foram alocados em dois grupos assim: Grupo I (26) recebeu uma dose diária de 500 mg de azitromicina pela via oral durante 20 dias e o Grupo II, recebeu uma dose diária de 20 mg/kg de antimoniato de meglumina por via intramuscular, durante 20 dias. Do grupo da azitromicina, três (12,5%) de 24 pacientes curaram 60, 90 e 120 dias, respectivamente, enquanto, em 21 (87,5%) de 24 houve falha terapêutica. No grupo do antimonial, oito (42,5%) de 19 pacientes curaram como segue: três no dia 30, um no dia 60, um no dia 90 e três no dia 120. Contudo, em 11 (57,9%) de 19 casos, houve falha terapêutica. A azitromicina foi menos eficaz do que o antimonial, embora, a análise da taxa de resposta por intenção de tratamento não mostrou diferença significativa, entre eles. A azitromicina foi melhor tolerada; porém, mostrou-se pouco eficaz no tratamento da leishmaniose cutânea, em Manaus.
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