Facoemulsificação na catarata polar posterior

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Oftalmol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-08

RESUMO

RESUMO Objetivo: Avaliar os resultados e complicações da cirurgia de facoemulsificação em olhos com catarata polar posterior e comparar as técnicas de viscodissecção e hidrodissecção. Métodos: Os prontuários de 29 pacientes consecutivos (16 homens, 13 mulheres) com posterior cataratas polares (44 olhos), que haviam sido submetidos a cirurgia de catarata foram analisados retrospectivamente. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a técnica utilizada; viscodissecção foi aplicada ao grupo experimental (grupo 1) e hidrodissecção para o grupo de controle (grupo 2). Resultados: No pós-operatório, a melhor acuidade visual corrigida (BCVA) foi 0,19 ± 0,22 logMAR (média ± desvio padrão) (variação 0,00-0,70) no grupo 1 e 0,25 ± 0,18 (0,00-0,70) logMAR no grupo 2. Embora a média da BCVA pós-operatória do grupo 1 tenha sido maior do que a do grupo 2, a diferença não foi estatisticamente significativa (p=0,165). A melhor acuidade visual corrigida pós-operatória foi significativamente melhor do que no pré-operatório, em ambos os grupos (p=0,00). No grupo 1, houve ruptura capsular posterior durante a remoção do córtex em três olhos (13%); houve perda vítrea e necessidade de vitrectomia anterior mas apenas em destes olhos. No grupo 2, a ruptura da cápsula posterior ocorreu em seis olhos (28,5%); vitrectomia anterior foi necessária após a perda vítrea em três destes olhos. Embora a porcentagem de ruptura da cápsula posterior tenha sido maior no grupo 2, a diferença não foi estatisticamente significativa (p=0,207). Conclusões: As complicações em cirurgias de catarata polar posterior podem ser superadas com cautela durante toda a cirurgia e usando técnicas adequadas. Viscodissecção é melhor para evitar a posterior ruptura capsular do que hidrodissecção.

ASSUNTO(S)

facoemulsificação/métodos corpo vítreo/cirurgia dissecação/métodos acuidade visual

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