Extubação imediata em cirurgia cardíaca: avaliação pelo eletroencefalograma

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-10

RESUMO

INTRODUÇÃO: As técnicas empregadas em cirurgia cardíaca visando a extubação imediata (EI) dependem de analgesia adequada e titulação de drogas anestésicas. OBJETIVO: A finalidade deste estudo é analisar a EI, utilizando eletroencefalograma (índice bispectral - BIS) para adequar o melhor momento de extubação. MÉTODO: Foram analisados 12 pacientes, ASA III, 7 crianças (Grupo I) 58,4%, com idades entre 0 e 7 anos, submetidas a correção cirúrgica de cardiopatias congênitas e 5 adultos (Grupo II), com idades entre 30 e 75 anos, submetidos a revascularização do miocárdio. No Grupo I realizou-se raquianestesia entre L5 e S1 com injeção de marcaína pesada (0,5 mg/kg) e morfina (5µg/kg). No Grupo II realizou-se bloqueio epidural entre T3 e T4, com introdução de cateter e injeção de 60mg de ropivacaína e 2mg de morfina. Na indução da anestesia, empregamos: Fentanil 4 µg/kg, propofol até BIS igual a 30 e relaxante muscular. A anestesia geral foi mantida com sevoflurano para BIS entre 40 e 60. Foi programada extubação quando o BIS atingisse 90. RESULTADOS: Todos os pacientes foram extubados até 1 hora após o término da operação, sendo 91,6% na sala de operações, com função cognitiva preservada, sem história de memória explícita, dor (adultos e crianças maiores) ou expressão facial de dor (crianças menores). Cinqüenta e sete por cento (4) dos pacientes do Grupo I e 20% (1) Grupo II apresentaram prurido e 28% (2) Grupo I apresentaram vômitos. CONCLUSÕES: A técnica empregada mostrou-se segura e eficaz, desde que observados critérios rígidos para sua execução.

ASSUNTO(S)

eletroencefalografia anestesia procedimentos cirúrgicos cardiovasculares

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