Expressividade no rádio: a prática fonoaudiológica em questão

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-03

RESUMO

OBJETIVO: Analisar, pelo relato de fonoaudiólogas, como tem sido a prática da expressividade oral com profissionais do rádio, no Brasil. MÉTODOS: Participaram do estudo seis fonoaudiólogas, com experiência profissional na área, por meio de entrevista semi-estruturada, transcrita e categorizada segundo características gerais de atuação e conceito de expressividade. As categorias foram ilustradas com recortes das falas das participantes. RESULTADOS: A atuação fonoaudiológica acontece de forma similar em escolas de locução e em emissoras de rádio. A prevenção de lesões tem espaço considerável nas práticas e acontece em forma de orientações sobre bem-estar vocal. O termo expressividade oral é relativamente novo, sendo que, ora a atribuição de sentido à mensagem é dada pelo sujeito e sua subjetividade, ora pelo teor da mensagem textual e, ainda, pelo estilo da emissora. A intervenção abarca o uso de pausas, qualidade de voz, ressonância, articulação, pitch, loudness, taxa de elocução e respiração. A estratégia mais usada é a leitura de textos, de diferentes gêneros, inclusive radiofônicos. CONCLUSÃO: O termo expressividade oral não é usualmente utilizado pelas fonoaudiólogas, pois o conceito é tido como novo pelas entrevistadas. Remete à transmissão de emoções e intenções, na mensagem, pelo falante. Foram considerados interferentes: o julgamento do ouvinte; a adequação da fala ao contexto; o estilo da emissora e o teor textual da mensagem, expondo a dinâmica relação entre o subjetivo e o social. Um aprofundamento teórico, no campo da Linguística, pode subsidiar uma atuação fonoaudiológica com menos divergências conceituais no que se refere ao trabalho com os recursos vocais na fala.

ASSUNTO(S)

voz treinamento da voz fala rádio qualidade da voz

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