ExpressÃo de p53 e receptor de estrogÃnio em linfoma de hodgkin

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/10/2007

RESUMO

O linfoma de Hodgkin à uma neoplasia com elevados Ãndices de sobrevida global e sobrevida livre de doenÃa e seu comportamento e bases moleculares tÃm sido estudados. Sabe-se que a p53 à uma proteÃna que controla a progressÃo do ciclo celular e mutaÃÃes do gene TP53 prolongam a meia-vida da proteÃna alterando os mecanismos de apoptose e o controle da proliferaÃÃo celular. Cerca de 50% dos tumores humanos tÃm mutaÃÃes no TP53 e acredita-se que nos outros restantes a via de sinalizaÃÃo da p53 esteja comprometida por outros mecanismos. No linfoma de Hodgkin tem sido encontrada expressÃo de p53 e a detecÃÃo de gene TP53 mutado à rara. Ainda nÃo està definido se a p53 serve como marcador prognÃstico no linfoma de Hodgkin. NÃo hà estudos sobre a expressÃo de p53 em linfoma de Hodgkin na populaÃÃo do estado do CearÃ. Os receptores de estrogÃnio(RE) jà foram detectados por imuno-histoquÃmica em cÃlulas de medula Ãssea normal, alÃm de outros tecidos nÃo hematopoiÃticos. Hà evidÃncia de que os estrogÃnios tÃm um papel na diferenciaÃÃo dos linfÃcitos B e regulaÃÃo da apoptose.Sendo o linfoma de Hodgkin uma neoplasia de origem na cÃlula B, onde a resposta imune parece contribuir na sua patogenia, torna-se de particular interesse avaliar o papel do estrogÃnio nesse processo. Ainda nÃo sabemos qual a expressÃo de receptores de estogÃnio nos linfomas e qual sua influÃncia no comportamento dessa neoplasia. Neste trabalho estudamos a expressÃo de p53 e receptor de estrogÃnio em linfoma de Hodgkin no CearÃ. Foram estudados 39 casos de linfoma de Hodgkin confirmado por exame histo-patolÃgico e por imuno-histoquÃmica e um grupo controle de 10 casos de linfonodos com hiperplasia reativa, nÃo relacionados a linfoma. Foi feito estudo imuno-histoquÃmico com marcadores para p53 e REα. A idade dos pacientes variou entre 5 e 63 anos, 21% foram do sexo masculino, a apresentaÃÃo inicial da doenÃa foi em linfonodo cervical em 59% dos casos e 56% dos indivÃduos apresentavam sintomas B. Quanto ao subtipo histolÃgico, 56% dos casos eram de linfoma de Hodgkin(LH) clÃssico esclerose nodular, 27% celularidade mista, 14% rico em linfÃcitos e 3% eram LH predominÃncia linfocitÃria. NÃo houve casos de depleÃÃo linfocitÃria na amostra estudada. A p53 foi positiva em 53% dos casos e no grupo controle em 10%. O RE foi negativo nos casos de LH, com marcaÃÃo persistente dos neutrÃfilos (citoplasma) e marcou em 80% dos casos, em cÃlulas histiocitÃrias, com marcaÃÃo para-nuclear (golgiana) e difusa citoplasmÃtica (fraca). ConcluÃmos que a expressÃo de p53 ocorre em mais de 50% dos casos de LH, conforme jà relatado na literatura e que hà expressÃo de REα citoplasmÃtica em tecido linfÃide, mas nÃo no LH. Hà expressiva marcaÃÃo no citoplasma dos neutrÃfilos. Outros estudos sÃo necessÃrios para avaliar a expressÃo do REβ e seu papel na patogÃnese do LH.

ASSUNTO(S)

ciÃncias da saÃde linfoma de hodgkin p53 receptores de estrogÃnicos p53 estrogen receptor doenÃa de hodgkin

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