Expressão de irisina e troponina I em pacientes em diálise submetidos a pré-condicionamento isquêmico remoto: um estudo piloto

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Nephrol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-03

RESUMO

RESUMO Introdução: A terapia de substituição renal continua associada a altas taxas de hospitalização e baixa qualidade de vida. A morbimortalidade por todas as causas na terapia de substituição renal é superior a 20% ao ano, sendo 44 vezes maior quando a diabetes está presente e mais de 10 vezes a da população em geral. Independentemente do tratamento, a sobrevida em 5 anos é de 40%, superando muitos tipos de câncer. A irisina é um hormônio que converte tecido adiposo branco em tecido adiposo bege, agregando efeitos positivos como o controle de massa gorda, tolerância à glicose, resistência à insulina, prevenção de perda muscular e redução da inflamação sistêmica. Objetivos: Determinar os níveis séricos de troponina I em pacientes em hemodiálise submetidos ao pré-condicionamento isquêmico remoto (PCIR) associado à expressão da irisina. Métodos: Estudo clínico prospectivo, randomizado, duplo-cego, com pacientes com doença renal crônica submetidos à hemodiálise por um período de 6 meses. Os níveis de troponina I, IL-6, uréia, TNF-α e creatinina foram determinados a partir de amostras de sangue. As expressões de irisina, tioredoxina, Nf-kb, GPX4, selenoproteína e GADPH foram também avaliadas por RT-PCR. Resultados: Foram analisadas amostras de 14 pacientes hipertensos, 9 (64,3%) dos quais eram diabéticos tipo 2, com idades entre 44 e 64 anos e 50% de cada gênero. A diferença entre os níveis pré e pós-intervenção de troponina I não foi significativa. Não houve diferenças entre os grupos PCIR e controle, exceto pela IL-6, embora tenha sido observada correlação significativa entre irisina e troponina I. Conclusão: O pré-condicionamento isquêmico remoto não modificou a expressão de irisina ou troponina I, independentemente do tempo de coleta.

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