Expressão da proteina erbB-2 e dos receptores de esteroides na transição das frações in situ e invasora de neoplasias de mama / erbB-2 expression and hormone receptor status in the transition areas from in situ to invasive ductal carcinoma of the breast
AUTOR(ES)
Raquel Mary Rodrigues Peres
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
Introdução: Há evidências indicando que a transição de carcinoma ductal in situ (CDIS) para carcinoma ductal invasivo (CDI) é regulada por um número restrito de genes. Ainda permanece obscuro se a expressão do receptor erbB-2 e dos receptores hormonais predizem o potencial invasivo dos CDIS. Objetivos: Avaliar a expressão dos receptores de estrógeno e progesterona (RE/RP) e da proteína erbB-2 em áreas específicas em tumores que apresentem componentes de CDIS e CDI concomitantemente, indicando uma possível transição. Materiais e Métodos: Foram selecionados 85 casos de carcinomas da mama apresentando regiões contíguas de CDIS e CDI e obtidas amostras histológicas separadas, uma da região CDIS e outra da região CDI, do bloco de parafina original do diagnóstico, para montagem de um TMA (tissue microarray). A expressão das proteínas erbB-2, RE e RP foram verificadas através da técnica convencional de imuno-histoquímica. Os dados clínicos das pacientes foram coletados por consulta ao prontuário. Resultados: Aproximadamente 35% das áreas invasivas foram classificadas como 2+ ou 3+ para o erbB-2, em contraste a 47% no componente invasivo correspondente. A expressão de erbB-2 não se mostrou diferente nos componentes in situ e invasivo (p=0,12). A expressão de RP não foi estatisticamente diferente comparando-se regiões in situ e invasivas do tumor (p=0,06). Em contraste, houve uma discreta mudança na expressão de RE (p=0,04). O coeficiente de concordância intraclasse (ICC) revelou forte concordância nas comparações entre as amostras de erbB-2 (ICC=0,61), RP (ICC=0,61) e RE (ICC=0,70), nos componentes in situ e invasivo. Conclusão: Os achados sugerem que a expressão de erbB-2, RE e RP não diferem entre os componentes in situ e invasivo do carcinoma da mama, especialmente nas regiões de transição de um componente a outro. Espera-se que as alterações moleculares ocorridas antes da mudança morfológica do tecido persistam na forma invasiva do tumor. A concomitância da atuação de fatores epigenéticos pode explicar porque alguns tumores in situ evoluem para invasivos, enquanto outros tumores in situ com características moleculares semelhantes não apresentam a mesma evolução, suportando a hipótese de uma base multifatorial para a progressão da doença
ASSUNTO(S)
mamas - câncer breast imunohistoquimica immunohistochemistry
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000447394Documentos Relacionados
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