Exposições ocupacionais a fluídos corporais e comportamentos em relação à sua prevenção e pós-exposição entre estudantes de medicina e de enfermagem de universidade pública brasileira
AUTOR(ES)
Souza-Borges, Fernanda Ribeiro Fagundes de, Ribeiro, Larissa Araújo, Oliveira, Luiz Carlos Marques de
FONTE
Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-04
RESUMO
Estudo transversal foi realizado para verificar, entre estudantes de medicina e de enfermagem de universidade pública brasileira, as frequências e características de exposições ocupacionais e seus comportamentos na prevenção e pós-exposição. Durante o segundo semestre de 2010, questionário autoaplicável e semiestruturado foi completado por 253/320 (79,1%) estudantes de medicina do curso clínico e por 149/200 (74,5%) estudantes de enfermagem que já exerciam atividades práticas. Entre os estudantes de medicina, 53 (20,9%) sofreram 73 acidentes, que ocorreram principalmente em atividades extracurriculares (32,9%), com objetos pérfuro-cortantes (56,2%), na sala de emergência (39,7%) e em decorrência de despreparo técnico ou distração (54,8%). Entre os alunos de enfermagem, 27 (18,1%) sofreram 37 acidentes, que ocorreram principalmente com agulhas ocas (67,6%), no centro cirúrgico ou enfermarias (72,2%) e em decorrência de despreparo técnico ou distração (62,1%). Entre os alunos de medicina e de enfermagem, respectivamente, 96,4% e 48% estavam insatisfeitos com orientações previamente recebidas de prevenção de acidentes, 48% e 18% nem sempre utilizam equipamento de proteção individual, 67,6% e 16,8% reencapam agulhas usadas, 49,3% e 35,1% não se preocuparam em conhecer os exames sorológicos do paciente-fonte pós-exposição e 1,4% e 18,9% relataram o acidente oficialmente. Em conclusão, neste estudo verificaram-se altas frequências de exposições entre os estudantes avaliados, práticas inadequadas na prevenção e pós-exposição e, consequentemente, a necessidade de treinamento nas “precauções padrão” para prevenção de tais exposições.
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