Exposição ocupacional de nêvoas acidas e alterações salivares.
AUTOR(ES)
Carlos Alberto Lima da Silva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002
RESUMO
Objetivos: identificar e descrever alterações salivares frente a exposição ocupacional a névoas ácidas. Métodos: trata-se de um estudo de corte transversal conduzido com 65 trabalhadores de uma indústria química que produz ácido clorídrico. Os dados foram obtidos a partir de um programa piloto de promoção em saúde bucal que realizado nesta empresa. Antes do exame oral, foram coletados dados sociodemográficos e de estilo de vida. Medidas do pH da saliva estimulada e não estimulada, capacidade tampão, taxa de fluxo salivar e concentração de imunoglobulinas A e G foram mensuradas. A medida da exposição foi baseada em auto relato dos trabalhadores e do inventário de monitoramento de agentes químicos conduzida por higienistas ocupacionais desta empresa. Trabalhadores somente foram considerados expostos a névoas ácidas quando houve concordância para ambas as fontes de informação. Resultados: taxa de fluxo salivar foi maior no grupo exposto (Média=3.04 versus 2.57 ml/min, p<0.10), enquanto a capacidade tampão foi menor entre trabalhadores expostos (Média=6.58 versus 6.88 pH, p<0.10), mesmo quando a exposição ocorre em níveis baixos, como observado neste estudo. Regressão linear múltipla método dos mínimos quadrados foi empregada para as covariáveis, sendo observada associação positiva com taxa de fluxo salivar para idade, consumo de alimentos ácidos, hipertensão arterial e uso de próteses. Para capacidade tampão, foi verificada associação negativa para escolaridade e positiva com consumo de álcool. Conclusões: exposição a névoas ácidas já conhecida pelo seu efeito sobre os tecidos dentais e trata respiratório superior, pode também causar alterações salivares desestabilizando os mecanismos protetores para a saúde bucal.
ASSUNTO(S)
riscos ocupacionais névoas ácidas saliva saude coletiva
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