Exposição ocupacional ao cianeto de hidrogênio durante a produção industrial da farinha de mandioca no Estado de Alagoas, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/07/2017

RESUMO

Resumo: As raízes da mandioca utilizadas na produção de farinha contêm altos teores de glicosídeos cianogênicos; portanto, representam fontes potenciais de liberação de cianeto de hidrogênio. Esse fato causa preocupação crescente quanto à saúde dos trabalhadores na indústria de processamento da mandioca. Os trabalhadores brasileiros na produção da farinha de mandioca podem estar cronicamente expostos ao cianeto de hidrogênio em níveis acima dos limites seguros. Essa hipótese é baseada na redução drástica do nível de cianeto nas raízes da mandioca durante o método tradicional de processamento no Brasil, e nas propriedades físicas do composto, fazendo com que seja altamente suscetível à volatilização e à contaminação atmosférica. Para explorar essa questão, o estudo avaliou a exposição ao cianeto de hidrogênio em casas de farinha brasileiras através da monitorização ambiental e biológica. Foram estudadas quatro casas de farinha localizadas no Estado de Alagoas. Os resultados mostraram que os trabalhadores no processamento da mandioca estão expostos cronicamente ao cianeto de hidrogênio em níveis médios entre 0,464 e 3,328mg/m3 (TWA). Essa faixa é abaixo do TLV-C de 5mg/m3, mas não abaixo do Nível de Ação de 2,5mg/m3. Os dados podem ser interpretados como de risco potencial para os indivíduos suscetíveis. Além disso, a monitorização biológica indicou exposição elevada ao cianeto na população do estudo, considerando os níveis urinários de tiocianato.

ASSUNTO(S)

cianeto de hidrogênio manihot indústria de farinhas exposição ocupacional

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