Exposição a agrotóxicos na agricultura e doença de Parkinson em usuários de um serviço público de saúde do Paraná, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. saúde colet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

Resumo Introdução A doença de Parkinson e a exposição a agrotóxicos vêm sendo cada vez mais estudadas, haja vista o aumento do consumo dos agrotóxicos, ignorando os efeitos nocivos ao meio ambiente e à saúde humana. Objetivo Analisar a associação entre exposição a agrotóxicos e a ocorrência da doença de Parkinson em indivíduos acompanhados pelo Ambulatório de Neurologia do Hospital Universitário do Oeste do Paraná. Método Pesquisa de série de casos transversal, com levantamento de dados nos sistemas eletrônicos do hospital, para identificar os usuários com diagnóstico da doença que utilizaram o serviço de 2012 a 2017, desenvolvida por meio de entrevistas. Resultados De 48 indivíduos identificados, 32 foram entrevistados, verificando-se os seguintes aspectos: a maioria (87,48%) eram idosos; com baixa escolaridade (53,13%); sem casos de familiares com a doença (87,48%); com alguma atividade agrícola ao longo da vida (78,11%); teve contato com agrotóxico (74,98%) e, destes, 50% relataram que o contato foi direto; o tempo decorrido entre a exposição a agrotóxicos e o início dos sintomas da doença foi maior que 20 anos em 75% dos casos, e foram citados 16 tipos de agrotóxicos. Conclusão Por meio dos resultados encontrados, não pode se rejeitar uma possível associação entre a exposição a agrotóxicos e a ocorrência da doença de Parkinson.

Documentos Relacionados