Explorando o Papel da Estrutura de Propriedade nas Decisões sobre Práticas de Responsabilidade Social Corporativa Voltadas aos Empregados

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Gestão de Negócios

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo Objetivo Analisar o efeito de diferentes estruturas de propriedade sobre a responsabilidade social corporativa (RSC) voltada aos empregados. Referencial teórico A teoria da agência é utilizada para explicar que a estrutura de propriedade é capaz de alterar a intensidade da implementação das práticas de RSC voltadas aos empregados. Metodologia A amostra compreende empresas listadas na Brasil, Bolsa e Balcão (B3) entre 2010-2018. A coleta de dados utilizou como fonte o formulário de referência da B3, Economática® e CSRHub, e utiliza o método de regressão linear múltipla dos mínimos quadrados generalizados. Resultados O estudo identifica diferentes orientações estratégicas de acordo com a concentração acionária e a identidade do acionista controlador. As empresas familiares e estatais não parecem motivadas a desenvolver práticas de RSC voltadas para os empregados, ao passo que as empresas multinacionais assumem que essas práticas devem ser implementadas Implicações práticas e sociais da pesquisa A pesquisa contribui para a compreensão do comportamento de diferentes identidades de propriedade, o que pode levar a diferentes padrões de adoção de práticas de RSC voltadas aos empregados. Contribuições O estudo identificou diferentes orientações estratégicas de RSC, de acordo com a concentração acionária e a identidade do acionista controlador. Empresas familiares e estatais não parecem motivadas a desenvolver práticas de RSC voltadas aos empregados, ao passo que empresas multinacionais assumem a importância dessas práticas. Empresas com controle acionário institucional não apresentam um comportamento claramente definido em termos de RSC. Essas diferentes abordagens parecem mostrar que o caminho para uma abordagem proativa da RSC no Brasil mostra-se “longo e tortuoso”, especialmente em virtude dos incipientes mecanismos de governança corporativa.

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