Experiências de adolescentes em uso de crack e seus familiares com a atenção psicossocial e institucionalização
AUTOR(ES)
Paula, Milena Lima de, Jorge, Maria Salete Bessa, Lima, Leilson Lira de, Bezerra, Indara Cavalcante
FONTE
Ciênc. saúde coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-08
RESUMO
Resumo A Política de Atenção Integral ao Usuário de Drogas determina que as práticas de cuidado abranjam as dimensões biopsicossociais. Evidências, entretanto, revelam uma prática institucionalizante, na qual as famílias priorizam o afastamento do sujeito de seu contexto de uso. Este estudo objetivou compreender as implicações da atenção psicossocial e da institucionalização no atendimento às necessidades de adolescentes em situação de uso de crack e de seus familiares. Onze adolescentes e seis familiares narraram suas experiências, por meio de entrevistas em profundidade, as quais foram analisadas à luz da Hermenêutica Fenomenológica, de Paul Ricoeur. Observou-se um fluxo, no qual os adolescentes, na busca pelo cuidado, inicialmente, são institucionalizados para, em seguida, serem encaminhados aos serviços substitutivos. Urge, portanto, a necessidade do fortalecimento da rede de atenção psicossocial para que o cuidado ao adolescente usuário de crack seja ofertado de forma integral, garantindo o respeito aos direitos fundamentais dos adolescentes, como o direito à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
ASSUNTO(S)
cocaína crack adolescente família institucionalização vulnerabilidade social
Documentos Relacionados
- Uso de psicotrópicos e sua associação com sobrecarga em familiares cuidadores de usuários de centros de atenção psicossocial
- Experiências com a atenção primária associadas à saúde, características sociodemográficas e uso de serviços em crianças e adolescentes
- Discursos de usuários de um centro de atenção psicossocial-CAPS e de seus familiares
- Experiências de famílias com usuários atendidos em dispositivos de atenção psicossocial
- Percepções de familiares de adolescentes sobre oficinas terapêuticas em um centro de atenção psicossocial infantil