Experiência subjetiva do paciente no tratamento com antipsicóticos injetáveis de ação prolongada: uma revisão sistemática de estudos qualitativos

AUTOR(ES)
FONTE

J. bras. psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-03

RESUMO

RESUMO Objetivo: Compreender melhor de que forma a terapia com antipsicóticos injetáveis de ação prolongada (IAP) é percebida pelos pacientes. Métodos: Uma pesquisa por estudos qualitativos foi conduzida em PubMed, Google Scholar, PsycINFO e PsyArticles, resultando em 11 estudos adequados para desenvolver uma revisão de estudos qualitativos. A abordagem escolhida foi a metaetnografia, seguindo as recomendações da diretriz ENTREQ. Conceitos-chave comuns aos diferentes estudos foram extrapolados e analisados de forma sistemática e comparativa. Resultados: Alguns problemas recorrentes foram associados aos IAPs, como medo de coerção, medo de agulhas e falta de conhecimento sobre a terapia com medicação depot. Esses tópicos se conectam uns aos outros: os pacientes mais preocupados com as desvantagens dos IAPs são os menos informados a seu respeito ou aqueles que passaram por coação e traumas durante a hospitalização. Por outro lado, os pacientes que já receberam IAPs e aqueles que apresentam boa relação terapêutica com seus prestadores de assistência médica demonstraram satisfação com essa forma de tratamento e sua continuidade. Conclusão: Os antipsicóticos injetáveis de ação prolongada são um instrumento para a gestão de transtornos mentais e uma alternativa viável à medicação oral. Pacientes demonstram curiosidade em relação a esse método de administração, mas a falta de conhecimento é um fator comumente encontrado. A tomada de decisão compartilhada sobre o uso de antipsicóticos IAPs requer que os pacientes recebam informações precisas e apoio em suas decisões em relação à medicação.

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