Experiência de cárie e osmolaridade salivar em crianças com paralisia cerebral

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. odontol. UNESP

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: Estudos têm demonstrado que quanto maior a severidade do dano neurológico em crianças com paralisia cerebral (PC), maior é o risco de doenças orais. OBJETIVO: Correlacionar a experiência de cárie com a osmolaridade salivar em crianças com PC. MATERIAL E MÉTODO: Participaram do estudo 99 crianças (9,2±2,3 anos) com PC, em tratamento reabilitacional. A saliva de repouso foi coletada no período matutino, utilizando rolos absorventes (Salivette®) por cinco minutos. A osmolaridade salivar foi medida por depressão do ponto de congelamento em osmômetro. As avaliações incluíram a experiência de cárie pelo índice de dentes cariados, perdidos e obturados (CPOD), e o motor oral durante o processo de alimentação da criança. Foram utilizados os testes Qui-quadrado, t de Student, Correlação de Spearman e razão de chances (OR), com nível de significância de 5%. RESULTADO: O grupo 1 (G1) foi composto por 41 crianças livres de cárie e o grupo 2 (G2), por 58 crianças com cárie (CPOD=3,5±2,7). Os grupos foram homogêneos para gênero (p=0,884) e idade (p=0,174). Entretanto, diferiram significantemente com relação à motricidade oral, apresentando G2 maiores porcentagens de crianças com motor oral subfuncional (p<0,001) e tetraparéticos (p=0,001). O G2 apresentou valores significantemente maiores (p<0,001) para osmolaridade (99,6±36,7mOsml) quando comparado ao G1 (76,7±15,9mOsml). Observou-se uma correlação significante entre osmolaridade e experiência de cárie (p<0,001). Apresentar osmolaridade superior a 76,7 (OR=5,18; 1,85 a 14,83) foi determinante individual de maior probabilidade de apresentar risco de cárie (CPOD>0). CONCLUSÃO: Maiores valores de osmolaridade salivar aumentam o risco de cárie em crianças com PC.

ASSUNTO(S)

paralisia cerebral saliva cárie dentária concentração osmolar destreza motora

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