Experiência clínica com a utilização de plugs vasculares Amplatzer®
AUTOR(ES)
Pereira, Fabrício Leite, Ribeiro, Marcelo Silva, Costa, Rodrigo Nieckel, Braga, Sergio Luiz Navarro, Fontes, Valmir Fernandes, Pedra, Carlos Augusto Cardoso
FONTE
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
INTRODUÇÃO: Os plugs vasculares Amplatzer® I e II (PVAs I e II) são dispositivos de nitinol autoexpansíveis e de baixo perfil desenvolvidos para oclusão de estruturas vasculares. Relatamos nossa experiência com esses dispositivos em dois centros brasileiros de referência. MÉTODOS: Estudo retrospectivo dos pacientes que se submeteram a procedimentos de oclusão de estruturas vasculares diversas com PVAs desde 2005. Foram utilizadas próteses 30% a 50% maiores que o vaso-alvo, implantadas sob anestesia geral por via venosa femoral e jugular interna ou arterial femoral e braquial por cateteres terapêuticos ou bainhas longas 5 F a 8 F. RESULTADOS: Foram identificados 14 pacientes (50% do sexo masculino) com mediana de idade de 5 anos (11 meses a 70 anos) e mediana de peso de 15 kg (8 kg a 67 kg). Foram utilizados 17 plugs vasculares, sendo 2 PVAs II e 15 PVAs I, com diâmetros de 4 mm a 16 mm. Em 3 pacientes existiam dois vasos para oclusão, sendo utilizados 2 PVAs em vasos diferentes. Em 3 pacientes com fístulas coronárias houve oclusão completa dos vasos após 24 horas. Em 2 pacientes com anastomose de Blalock-Taussig houve oclusão completa da anastomose, em um deles com auxílio de molas adicionais. Em 3 pacientes com fístulas venovenosas no pós-operatório de Glenn ou Fontan houve oclusão completa dos vasos e melhora da saturação, em um deles com auxílio de molas adicionais. Outro caso de fístula venovenosa apresentava fluxo residual discreto no laboratório, com oclusão na monitorização ecocardiográfica em 24 horas. Em 2 pacientes com fístula arteriovenosa pulmonar foram utilizados, além dos PVAs, outras próteses Amplatzer e molas de Gianturco, permanecendo mínimo fluxo residual em ambos os casos. Em 2 pacientes com colaterais sistêmicopulmonares no pós-operatório de atresia pulmonar com comunicação interventricular, houve oclusão completa com auxílio de molas, sendo um imediato e outro em 24 horas. Em um paciente com síndrome da cimitarra a colateral sistêmica foi ocluída totalmente. Não houve episódios de embolização ou mortalidade. CONCLUSÕES: Os PVAs mostraram-se adequados e versáteis para oclusão de diferentes estruturas vasculares, com facilidade de implante e bons índices de oclusão. Em alguns casos, houve necessidade de uso de outros dispositivos. Nesses casos, os PVAs funcionam bem para ancorar os dispositivos adicionais.
ASSUNTO(S)
cardiopatias congênitas implante de prótese vascular dispositivo para oclusão septal
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