Existem muitas controvérsias quanto à melhor técnica e a idade ideal para a realização da genitoplastia feminizante e poucos trabalhos relatam seus resultados em longo prazo

AUTOR(ES)
FONTE

Clinics

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-06

RESUMO

OBJETIVO: Apresentar um estudo retrospectivo sobre os resultados cosméticos e funcionais da genitoplastia feminizante em pacientes com hiperplasia adrenal congênita virilizante. MÉTODOS: Trinta e quatro pacientes com idade média de 3,35 ± 2,5 anos com ambigüidade genital classificada de acordo com os estádios de Prader foram selecionados. O seguimento pós-operatório foi de 2 a 16 anos. O tamanho do clitóris variou de 1,9 a 5,0 cm; 28 pacientes tinham orifício único perineal e 6 tinham dois orifícios. A técnica cirúrgica incluiu clitorovaginoplastia em tempo único e foi realizada antes dos dois anos de idade em 18 pacientes. A clitoroplastia preservou a glande, a qual teve seu suprimento sanguíneo mantido em 97% dos casos pela mucosa do freio e no demais casos com a manutenção do feixe vasculo-nervoso dorsal. Duas técnicas foram utilizadas para a ampliação do seio urogenital: o retalho perineal em "Y-V" em 25 pacientes e a incisão longitudinal posterior em 8 pacientes. RESULTADOS: As complicações cirúrgicas ocorreram em 20,5% dos casos: sangramento, necrose da glande e estenose vaginal. Foram necessárias dilatações vaginais com moldes de acrílico no período pós puberal em 3 das pacientes com estenose, com bons resultados funcionais. CONCLUSÃO: As técnicas utilizadas seguidas pelas dilatações, permitiram bons resultados cosméticos e funcionais em 67% dos casos apresentando poucas complicações e evitando a necessidade de neovagina inclusive nos pacientes com inserção alta do intróito vaginal.

ASSUNTO(S)

genitália ambígua hiperplasia adrenal congênita genitoplastia feminizante resultados cosméticos e funcionais

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