EXISTE ASSOCIAÇÃO ENTRE O USO DE GLICOCORTICOIDES E A PRESENÇA DE FRATURAS? ESTUDO COMPARATIVO EM UM HOSPITAL DE TRAUMA

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. paul. pediatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/07/2018

RESUMO

RESUMO Objetivo: Avaliar se houve associação entre a ocorrência de fratura após trauma físico e o uso de glicocorticoides nos 12 meses precedentes ao trauma, em crianças e adolescentes atendidos em uma emergência. Métodos: No período de abril a outubro de 2015 foi conduzido em uma emergência pediátrica um estudo tipo caso controle, em pacientes de 3 a 14 anos incompletos, vitimados por trauma físico, com e sem fratura. Os dados analisados foram obtidos pela consulta dos prontuários, pelo exame físico dos pacientes e por entrevista dos responsáveis, comparando-se uso de glicocorticoides nos últimos 12 meses, características demográficas, índice de massa corpórea, ingesta de leite, intensidade do trauma, prática de exercício físico e tabagismo passivo domiciliar nos dois grupos de pacientes. Resultados: Estudaram-se 104 pacientes com trauma físico, 50 com fratura e 54 sem fratura. O uso de glicocorticoides ocorreu em 15,4% dos pacientes estudados, sem diferença estatisticamente significante entre os dois grupos. A faixa etária de 10 a 14 anos incompletos, o trauma grave e a prática de exercício físico predominaram entre os pacientes com fratura. Conclusões: Este estudo não mostrou associação entre o uso prévio de glicocorticoides e a ocorrência de fraturas em crianças e adolescentes. A faixa etária de 10 a 14 anos incompletos, o trauma grave e a prática de exercício físico associaram-se com maior risco para fraturas.

ASSUNTO(S)

fraturas trauma glicocorticoides crianças adolescentes

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