EXERCÍCIO FÍSICO APÓS IMOBILIZAÇÃO DE MÚSCULO ESQUELÉTICO DE RATOS ADULTOS E IDOSOS
AUTOR(ES)
Koike, Tatiana Emy, Watanabe, Adriana Yukie, Kodama, Fábio Yoshikazu, Ozaki, Guilherme Akio Tamura, Castoldi, Robson Chacon, Garcia, Thiago Alves, Camargo, Regina Celi Trindade, Camargo Filho, José Carlos Silva
FONTE
Rev Bras Med Esporte
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-01
RESUMO
RESUMO Introdução: A imobilização é uma técnica de tratamento utilizada frequentemente para redução de dor e prevenção do agravamento da lesão. Entretanto, promove efeitos nocivos no tecido músculo-esquelético, resultando em perda acentuada de função muscular, que pode ser agravada em idosos. O exercício físico constitui intervenção importante para atenuar esses efeitos nocivos. Objetivo: Analisar possíveis alterações morfométricas no músculo gastrocnêmio de ratos após imobilização e remobilização com exercício físico. Métodos: Cinquenta e seis ratos divididos em grupo adulto (A) e grupo idoso (E) e subdivididos em controles adultos e idosos (AC e EC), imobilizado (AI e EI), remobilizado livre (AIF e EIF) e remobilizado por meio de exercício físico (AIE e EIE). Os membros traseiros foram imobilizados com o músculo gastrocnêmio em posição de encurtamento por um período de sete dias, exceto no grupo controle. O protocolo de exercícios foi composto por cinco sessões de natação uma vez por dia (25 minutos/sessão). Os animais foram submetidos à eutanásia por administração de cloridrato de cetamina em dose elevada e cloridrato de xilazina, seguida da coleta da amostra e preparação das lâminas com hematoxilina e eosina. Foram feitas as medidas do menor diâmetro de 120 fibras musculares de cada animal com o software NIS-Elements D3.0 - SP7 - Nikon® instruments Inc.®, NY, EUA. Resultados: Houve redução significante na média do diâmetro das fibras nos grupos AI (38,43 µm ± 4,20; p = 0,01) e AIF (36,97 µm ± 3,41; p < 0,01) com relação ao grupo AC (45,39 µm ± 3,41) e dos grupos EI (42,26 µm ± 4,39; p < 0,01), EIF (36,00 µm ± 4,15; p<0,01) e EIE (41,86 µm ± 4,95; p < 0,01) com relação ao grupo EC (51,37 µm ± 3,86). Os dados mostraram que o exercício foi capaz de restaurar o trofismo muscular nos grupos adultos; entretanto, nenhum dos protocolos teve sucesso nos ratos idosos. Conclusão: A imobilização em posição de encurtamento induziu à atrofia muscular e o exercício físico foi eficaz para restabelecer o trofismo muscular apenas nos animais adultos. Nível de Evidência I; Estudos terapêuticos - Investigação dos resultados do tratamento.
ASSUNTO(S)
músculo esquelético imobilização exercício físico fatores etários
Documentos Relacionados
- Propriedades mecânicas do músculo de ratos adultos e idosos, exercitado pós-imobilização
- Immobilization, treadmill running and some mechanical properties of rats skeletal muscle
- ADAPTAÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO AO EXERCÍCIO FÍSICO: CONSIDERAÇÕES MOLECULARES E ENERGÉTICAS
- Interferência da L-arginina e do exercício físico sobre a morfologia do músculo estriado esquelético em ratos jovens
- Regulação do metabolismo de glicose e ácido graxo no músculo esquelético durante exercício físico