Evolução funcional e morfológica cardíaca um ano após o implante de marcapasso definitivo na posição ventricular direita septal em pacientes chagásicos

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-06

RESUMO

INTRODUÇÃO:A posição septal representa um sítio alternativo de estimulação cardíaca artificial (ECA) potencialmente menos deletério para a função cardíaca. M ÉTODOS: Pacientes chagásicos sem insuficiência cardíaca submetidos a implante de marcapasso definitivo (MP) no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) foram selecionados no período de fevereiro de 2009 a fevereiro de 2010. Os parâmetros analisados foram o remodelamento ventricular, o grau de dessincronia eletromecânica (DEM), tempo de exercício e VO2 máximo no teste ergométrico (TE) e a classe funcional (NYHA). O ecocardiograma foi realizado 24 a 48h após o implante e após um ano de seguimento. Os pacientes foram submetidos ao TE um mês após o procedimento e ao final de um ano. RESULTADOS: Foram incluídos 30 pacientes. A idade média foi de 59±13 anos. A indicação do implante de MP foi bloqueio atrioventricular (BAV) total em 22 (73,3%) pacientes e BAV do 2º grau nos outros 8 (26,7%). Todos os pacientes permaneceram em NYHA I e não houve mudança nos parâmetros do TE. Não foram detectadas variações nas medidas ecocardiográficas de remodelamento. Foi observada DEM intraventricular em 46,6% dos casos e interventricular em 33,3% dos pacientes ao final de um ano. CONCLUSÕES: Os achados deste trabalho sugerem que não houve mudanças morfológicas ou funcionais cardíacas significativas após o implante de marcapasso na posição septal em pacientes chagásicos com função ventricular esquerda normal após um ano de seguimento. Desta forma, os pacientes podem permanecer assintomáticos, com a manutenção da capacidade funcional e sem remodelamento ventricular esquerdo.

ASSUNTO(S)

marcapasso cardíaco doença de chagas estimulação septal função ventricular esquerda

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