Evolução de variáveis hemodinâmicas e perfusionais durante o choque séptico experimental tratado com ressuscitação volêmica guiada por metas
AUTOR(ES)
Park, Marcelo, Rosário, André Loureiro, Schettino, Guilherme de Paula Pinto, Azevedo, Luciano César Pontes
FONTE
Revista Brasileira de Terapia Intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-09
RESUMO
OBJETIVOS: Apesar da ressuscitação volêmica guiada por saturação venosa central de oxigênio (SvcO2) ser considerada atualmente padrão ouro no tratamento da sepse, poucos estudos caracterizaram o perfil evolutivo de variáveis hemodinâmicas e perfusionais durante esta abordagem terapêutica. Este estudo teve por objetivo descrever evolutivamente estes parâmetros durante o choque séptico experimental sem ressuscitação e após 12 horas de ressuscitação guiada por metas. MÉTODOS: Treze porcos (35-45 kg) anestesiados foram submetidos a peritonite por inoculação fecal (0,75g/kg). Após desenvolverem hipotensão persistente, ambos os grupos receberam antibióticos e foram randomizados em dois grupos: controle (n=7), com suporte hemodinâmico otimizado para pressão venosa central entre 8-12mmHg, diurese acima de 0,5ml/kg/h e pressão arterial média maior que 65mmHg; e SvO2 (n=6), com os objetivos acima e SvO2 acima de 65%. As intervenções incluíram ringer lactato e noradrenalina nos 2 grupos e dobutamina no grupo SvO2. Os animais foram tratados durante doze horas ou óbito. RESULTADOS: A sepse não tratada associou-se a uma significante redução da SvO2, PvO2, débito cardíaco e pressão venosa central e aumento da diferença arterio-venosa da saturação de oxigênio e veno-arterial de CO2. Após ressuscitação, esses parâmetros foram corrigidos em ambos os grupos. A ressuscitação guiada por metas associou-se a um melhor perfil hemodinâmico caracterizado por maiores SvO2, débito cardíaco e pressão venosa central. CONCLUSÕES: A sepse não ressuscitada apresenta um perfil hemodinâmico sugestivo de hipovolemia, com piora perfusional e hemodinâmica revertida após ressuscitação volêmica. A ressuscitação guiada por metas associa-se a uma significante melhora dos parâmetros hemodinâmicos e perfusionais
ASSUNTO(S)
choque séptico oxigênio oximetria lactatos ressuscitação hemodinâmica porcos
Documentos Relacionados
- A ressuscitação volêmica na sepse grave e choque séptico deve ser guiada pela microcirculação?
- Uso do índice de perfusão para avaliar reatividade microvascular no choque séptico após ressuscitação volêmica
- Para: Uso do índice de perfusão para avaliar reatividade microvascular no choque séptico após ressuscitação volêmica
- Resposta para: Uso do índice de perfusão para avaliar reatividade microvascular no choque séptico após ressuscitação volêmica
- Cristaloides balanceados para ressuscitação do choque séptico