Evidências de validade para o teste gestáltico visomotor de Bender
AUTOR(ES)
Roselaine Berenice Ferreira da Silva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Esta tese trata da qualidade de instrumentos psicológicos, dando destaque ao Teste Gestáltico Visomotor de Bender. O trabalho está constituído por três estudos, dentre os quais um em específico se propõe a resgatar a história do instrumento, desde sua construção, com os estudos iniciais de Lauretta Bender (1938), até a consolidação de diversos sistemas de correção. Para este propósito foi feito levantamento bibliográfico em bancos de dados PsychInfo, Bireme, BVS (Biblioteca Virtual de Saúde) e CAPES, nos quais foi realizada pesquisa em nível nacional e internacional, no sentido de identificar as características dos estudos feitos com o teste nos últimos vinte anos. Concluiu-se este estudo acerca da diversidade de sistemas existentes na correção do instrumento desde sua construção, sendo que se identificou que a Escala de Maturação do Bender pelo método Koppitz é o mais utilizado pelos psicólogos brasileiros. Em função disto, as demais seções consistem em estudos empíricos desenvolvidos com o Bender, tendo como objetivo demonstrar evidências de validade para o método Koppitz. O segundo estudo consiste em pesquisa documental, de caráter exploratório, retrospectivo e quantitativo de associação entre medidas de avaliação, quais sejam o Bender, o WISC-III, as hipóteses diagnósticas e os dados de anamnese verificados em avaliações psicológicas. Foram analisados, por conveniência, 1111 protocolos de avaliação, compreendendo meninos e meninas na faixa etária entre cinco e doze anos, oriundos de arquivo de avaliações psicológicas cedido por uma psicóloga especialista na área. As associações significativas encontradas foram entre Bender e QI total (x2=62,913; P=0,000), Bender com hipóteses diagnósticas (x2=10,663; P=0,034) e Bender com dados de anamnese (P=0,000). Finalmente, um terceiro estudo abarcou os erros mais comuns cometidos pelas crianças avaliadas no momento da cópia das figuras do Bender. Esses erros foram associados com as variáveis idade e sexo, além de verificar a diferença entre as médias dos resultados produzidos em cada faixa etária. Para tanto, o procedimento estatístico utilizado frente aos erros mais cometidos consistiu na estatística descritiva de freqüência. Para analisar a associação entre os erros, a idade e o sexo foi utilizado o qui-quadrado pela Correlação Linear de Pearson e para verificar a diferença entre as médias dos resultados produzidos em cada faixa etária foi utilizada a análise de variância (ANOVA). Ao associar o desempenho da criança frente a cada figura do Bender com a variável idade foi possível evidenciar resultados significativos (P=0,000), com exceção da Figura 3, item rotação, cuja associação não foi evidenciada (x2=7,655; P=0,366). Da mesma forma, a Figura 5, item distorção da forma não obteve associação com a variável idade (x2=22,469; P=0,097). O Bender não apresentou associação significativa com o sexo da criança, exceto na Figura 4, no item rotação (x2=10,944; P=0,004) e na Figura 7, item rotação (x2=14,397; P=0,001). Em relação à diferença entre as médias de pontuações do Bender e faixas etárias, evidenciou-se significância devido ao P<0,001. Conclui-se a respeito da evidência de que o Bender apresenta relação com a faixa etária da criança, sendo instrumento de avaliação maturacional. Nesta amostra clínica, também fica evidente o fato de quanto maior a idade da criança, maior a capacidade de o Bender captar dificuldades em sua maturação visomotora.
ASSUNTO(S)
bender, teste de testes psicolÓgicos psicologia infantil - testes psicologia
ACESSO AO ARTIGO
http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1443Documentos Relacionados
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