Evidências de ação inibidora da jurema-preta na fermentação "in vitro" de gramíneas forrageiras.

AUTOR(ES)
FONTE

Petrolina: EMBRAPA-CPATSA

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

A jurema-preta (Mimosa hostilis Benth) é uma leguminosa arbustiva que ocorre em larga escala na caatinga. É tida como forrageira, embora não se tenha conhecimento de qualquer parâmetro que expresse seu valor nutritivo. Tendo sido contatada a ingestão dessa leguminosa por novilhos fistulados no esôfago, amostrando dieta em área de caatinga, foram coletadas amostras de folhas e ramos finos de diversas plantas, para análise química e determinação de digestibilidade "in vitro" da matéria seca (DIVMS). A análise prximal revelou os seguintes teores: proteína bruta 16,11%; extrato etéreo 3,08; fibra bruta 11,83%; extrativos não nitrogenados 65,46%; cinzas 3,44%. As determinações iniciais da DIVMS mostraram baixos índices, em torno de 21%. Verificou-se, em seguida, que, numa mistura equitativa com capim-jaraguá (forragem padrão), a jurema evidenciou uma ação inibidora sobre a DIVMS da gramínea. Posteriormente, testando-se o efeito de proporções crescentes da leguminosa em mistura com folhas de capim buffel, constatou-se, também, que a DIVMS dessa gramínea foi prejudicada pela presença da jurema, cujo efeito depressor na mistura foi descrito pela equação: y = 65,95 - 0,64x + 0,0029x², R² = 0,95 (P < 0,01). Os resultados obtidos neste trabalho sugerem reservas no aproveitamento da jurema-preta como planta forrageira, até que se consiga isolar o suposto princípio inibidor e que se comprove sua ação "in vivo".

ASSUNTO(S)

jurema-preta capim buffel capim jaraguá digestibilidade "in vitro" composição química

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