Eventos adversos na unidade de terapia intensiva: impacto na mortalidade e no tempo de internação em um estudo prospectivo
AUTOR(ES)
Roque, Keroulay Estebanez, Tonini, Teresa, Melo, Enirtes Caetano Prates
FONTE
Cad. Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
20/10/2016
RESUMO
Resumo: Este estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de eventos adversos e o impacto deles sobre o tempo de permanência e a mortalidade na unidade de terapia intensiva (UTI). Trata-se de um estudo prospectivo desenvolvido em um hospital de ensino do Rio de Janeiro, Brasil. A coorte foi formada por 355 pacientes maiores de 18 anos, admitidos na UTI, no período de 1º de agosto de 2011 a 31 de julho de 2012. O processo de identificação de eventos adversos baseou-se em uma adaptação do método proposto pelo Institute for Healthcare Improvement. A regressão logística foi utilizada para analisar a associação entre a ocorrência de evento adverso e o óbito, ajustado pela gravidade do paciente. Confirmados 324 eventos adversos em 115 pacientes internados ao longo de um ano de seguimento. A taxa de incidência foi de 9,3 eventos adversos por 100 pacientes-dia, e a ocorrência de evento adverso impactou no aumento do tempo de internação (19 dias) e na mortalidade (OR = 2,047; IC95%: 1,172-3,570). Este estudo destaca o sério problema dos eventos adversos na assistência à saúde prestada na terapia intensiva e os fatores de risco associados à incidência de eventos.
ASSUNTO(S)
efeitos adversos cuidados críticos segurança do paciente mortalidade qualidade da assistência à saúde
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