Evaluation of postoperative satisfaction with rhinoseptoplasty in patients with symptoms of body dysmorphic disorder

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Otorhinolaryngology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo Introdução: A prevalência do transtorno dismórfico corporal entre os candidatos à cirurgia plástica pode variar de 6% a 54%. Alguns estudos relatam benefícios discretos com os resultados cirúrgicos, enquanto outros mostram exacerbação dos sintomas. Alguns autores chegam a afirmar que o transtorno dismórfico corporal seria uma contraindicação cirúrgica, contra outros que sugerem resultados satisfatórios. Objetivo: Descrever a prevalência do transtorno dismórfico corporal em candidatos à rinosseptoplastia e comparar os desfechos entre pacientes com e sem sintomas de transtorno dismórfico corporal. Método: Estudo de coorte. Indivíduos ≥ 16 anos, candidatos à rinosseptoplastia estética e/ou funcional, foram recrutados em um hospital universitário no Brasil. A prevalência de transtorno dismórfico corporal foi avaliada por meio do questionário body dysmorphic disorder examination e os pacientes foram divididos nos grupos: sem sintomas de transtorno dismórfico corporal, sintomas leves-moderados e sintomas graves. Os resultados específicos da avaliação de qualidade de vida, com os instrumentos nasal obstruction symptom evaluation, NOSE, e rhinoplasty outcome evaluation, foram avaliados antes, após 90 e 180 dias do procedimento. Resultados: Foram incluídos 131 indivíduos, 59,5% do sexo feminino. A prevalência de sintomas pré-operatórios de transtorno dismórfico corporal foi de 38%. Houve redução dos sintomas de transtorno dismórfico corporal no body dysmorphic disorder examination pré-operatório vs. 3 e 6 meses em todos os grupos (78,94 ± 2,46 vs. 33,63 ± 6,41 e 35,51 ± 5,92, respectivamente, p < 0,002). Entre os pacientes com sintomas graves de transtorno dismórfico corporal, o escore do instrumento rhinoplasty outcome evaluation variou de 21,24 ± 3,88 a 58,59 ± 5,83 em 3 meses e 52,02 ± 5,41 em 6 meses de pós-operatório (p < 0,001); enquanto o escore do NOSE variou de 71 ± 8,47 a 36,11 ± 12,10 aos 6 meses de pós-operatório (p < 0,01). Conclusão: A prevalência de sintomas de transtorno dismórfico corporal em nossa amostra foi alta. A rinosseptoplastia foi associada a uma melhoria nos desfechos de qualidade de vida relacionados à função nasal e estética em todos os grupos, independentemente da presença e intensidade dos sintomas do transtorno dismórfico corporal. A rinosseptoplastia em pacientes com transtorno dismórfico corporal sintomático também foi associada à redução dos sintomas do transtorno dismórfico corporal no pós-operatório, mesmo em casos graves.

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