Evaluation of Mascagnia rigida toxics effects, in rats. Pathological study. Comparison of chromatographics methods for sodium fluoracetate detection / Avaliação dos efeitos tóxicos da Mascagnia rigida em ratos. Estudo anatomopatológico. Comparação entre metodologias cromatográficas para detecção do fluoroacetato de sódio

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O fluoroacetato de sódio (FAS), também conhecido como "composto 1080", foi um raticida amplamente utilizado no combate de roedores a partir da década de 40, mas que teve seu uso proibido em diversos países, incluindo o Brasil, devido a sua alta toxicidade e ausência de tratamento efetivo nas intoxicações. A despeito deste fato, diversos casos de intoxicação ainda são registrados em seres humanos e animais, em virtude de seu uso ilícito como raticida doméstico ou adição em iscas nas intoxicações criminosas. O FAS, na natureza, pode ser encontrado, também, em algumas plantas tóxicas de grande importância no Brasil, como a Palicourea marcgravii, e possivelmente seja o princípio ativo tóxico de outras plantas de relevância, como a Mascagnia rigida. Neste sentido, este trabalho objetivou o estudo dos aspectos clínicos e anatomopatológicos encontrados nas intoxicações provocadas pelo FAS, em ratos, comparando estes com os encontrados nas intoxicações por extrato aquoso da M. rígida. Também foram comparadas metodologias analíticas para identificação deste agente tóxico utilizando cromatografia em camada delgada (CCD) e cromatografia de alta eficiência (CLAE) com dois tipos de detectores o de UV e o de Condutividade Iônica. Para tanto, quatro grupos contendo seis ratos Wistar, machos, receberam em dose única por via oral 7,0 mg/kg de FAS ou água destilada ou ainda 1,6 ou 3,2 g/kg de extrato aquoso de M. rígida, sendo avaliados os sinais clínicos apresentados por estes animais. Após eutanásia foram coletados fragmentos de cérebro, coração, fígado, rins, pulmão, intestino e baço para exame histopatológico. Tanto os animais que receberam FAS como os que receberam extrato aquoso de M. rígida apresentaram sintomatologia similar com presença de prostração, desconforto respiratório, tremores, pêlos arrepiados, cromodacriorreia, convulsão tônica e tônico-clônica. Na necropsia destes animais não foram observadas alterações macroscópicas, contudo alterações histopatológicas significativas foram encontradas no cérebro, miocárdio, fígado e rins. Os estudos das análise toxicológicas utilizando as três técnicas cromatográficas mostraram que os resultados obtidos na CCD foram adequados para detecção de FAS nas concentrações acima de 1,0 μg do padrão puro e as análises das duas plantas estudadas apresentaram resultados positivos para FAS. As técnicas utilizando CLAE, com dois diferentes detectores, mostraram que quando se utiliza detector de UV o limite de detecção é de 3,75 μg injetado ou de 75 μg/mL e foi possível, também, detectar a presença de FAS nas duas plantas estudadas, porém a técnica não se apresentou adequada para a detecção de intoxicação em tecido animal. O detector de condutividade iônica mostrou limite de detecção de 0,30 μg/mL, isto é, o mais sensível entre os três métodos estudados, e portanto o mais adequado para diagnóstico de intoxicação em tecido animal; no entanto, para identificação do FAS na M. rigida este método não se mostrou adequado devido a interferentes no extrato aquoso e no soro de animais intoxicados.

ASSUNTO(S)

hplc toxic plants clae plantas tóxicas tlc mascagnia rigida sodium fluoroacetate ccd fluoroacetato de sódio mascagnia rigida

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