Evaluation of iris color stability in ocular prosthesis

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Dental Journal

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

A fiel reprodução da íris do olho remanescente através da pintura na confecção da prótese ocular é fator fundamental no resultado estético e na dissimulação da perda para os pacientes afetados. Decidiu-se, então, avaliar a estabilidade das cores da tinta acrílica utilizada na pintura da mesma, sob a ação de dois fatores: a temperatura do ciclo de polimerização da resina acrílica e a incidência da luz solar, principal agente de fotodegradação que compromete a longevidade das próteses oculares, através de teste de envelhecimento acelerado. Foram assim, confeccionados corpos de prova simulando a íris protética, nas cores azul, amarelo, preto, marrom e verde, submetidos a uma leitura colorimétrica inicial e outra após as condições térmicas do ciclo de polimerização. Posteriormente os mesmos foram testados durante três semanas através de ensaio de envelhecimento acelerado artificialmente com radiação ultravioleta A e leituras colorimétricas semanais. Através dos valores da alteração de cor (DE*) foi obtida uma média para as quatro amostras pintadas com a mesma cor e os valores resultantes foram submetidos à análise estatística. Os testes de Levine e t de Student foram utilizados para analisar a influência da temperatura do processo de polimerização na estabilidade de cada cor utilizada na fabricação das próteses. O teste de Friedman para três amostras dependentes foi usado para analisar a degradação de cor em função do tempo. O nível de significância foi de 0,05 para todas as análises. Após a ação da temperatura do ciclo de polimerização, observou-se que somente na cor amarelo ocorreu alteração acima do nível clinicamente aceitável (p<0,05). Após o ensaio de envelhecimento, ocorreram diferenças estatisticamente significantes em função do tempo nas cores verde, marrom, preto e azul. A variação de cor ocorreu em níveis considerados clinicamente aceitáveis para as cores marrom e preto; levemente acima dos níveis clinicamente aceitáveis para a cor verde; e em níveis elevados, inviáveis clinicamente para a cor azul. Na cor amarelo não houve diferenças estatisticamente significantes (p>0,05), com alteração apenas um pouco acima do limite considerado clinicamente aceitável. Em conslusão: 1. Somente a cor amarelo apresentou alteração acima dos níveis clinicamente aceitáveis após o ciclo de polimerização; 2. Após o envelhecimento artificial, não houve alterações na cor amarelo acima dos níveis clinicamente aceitáveis; 3. Para a cor verde, a degradação foi significante e um pouco acima dos níveis clinicamente aceitáveis; 4. As cores preto, marrom e azul apresentaram diferenças significantes em função do tempo; as alterações das cores marrom e preto foram em níveis clinicamente aceitáveis, enquanto a cor azul apresentou um elevado índice de degradação de cor em todo tempo.

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