ETNOECOLOGIA E ETNOBOTÂNICA DA PALMEIRA CARNAÚBA NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

AUTOR(ES)
FONTE

CERNE

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-12

RESUMO

RESUMO O objetivo do presente trabalho foi investigar aspectos etnoecológicos e etnobotânicos da carnaúba (Copernicia prunifera (Miller) H. E. Moore, Arecaceae) em uma comunidade extrativista do município de Ipanguaçu, estado do Rio Grande do Norte. Foram entrevistados moradores considerados informantes-chaves, utilizando a técnica da indução não específica, turnê guiada e observação direta para confirmar as informações obtidas. Segundo a maioria dos moradores do Assentamento Pedro Ezequiel de Araújo, o carnaubal da região é uma formação vegetal natural. Na investigação etnoecológica, 73% dos informantes relataram a ocorrência de "um tipo diferente de carnaúba", conhecida como "carnaúba branca", fenotipicamente distinta da "carnaúba comum" por apresentar estipe claro, frutos menores e ausência de espinhos no pecíolo, além de ser rara no local de estudo. Grande parte dos informantes observam os processos fenológicos da carnaúba, sendo condizentes ao afirmar que a espécie possui dispersão quiropterocórica. Na etnobotânica, o pó cerífero foi citado por todos como o produto mais importante extraído da carnaúba e a folha a parte mais usada, seguida dos frutos, caule e raiz. Foram relatadas ainda as divisões de trabalho na extração do pó da carnaúba. Os resultados desta pesquisa irão contribuir para difundir os conhecimentos etnobotânicos e etnoecológicos da carnaúba, subsidiando estratégias de manejo e conservação das populações naturais.

ASSUNTO(S)

conservação copernicia prunifera conhecimento tradicional extrativismo recursos naturais

Documentos Relacionados