Etnobotânica e medicina tradicional dos habitantes da sub-região do Pantanal do Negro e raizeiros das cidades de Miranda e Aquidauana, Mato Grosso do Sul, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Biology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-04

RESUMO

Foi realizado um levantamento sobre o uso de plantas medicinais junto às comunidades rurais, da sub-região do Rio Negro e raizeiros das cidades de Aquidauana e Miranda, Mato Grosso do Sul, Brasil. O objetivo foi resgatar o conhecimento etnobotânico e etnofarmacológico dessas comunidades, por meio da aplicação de questionários a moradores de oito fazendas e 12 raizeiros. Os resultados indicaram a utilização de 25 famílias, 45 gêneros e 48 espécies de plantas medicinais, sendo seis utilizadas para afecções dos rins, seis para tratamento das vias urinárias, cinco no tratamento de inflamações, 13 para dores estomacais, quatro como cicatrizantes, 10 para afecções do aparelho respiratório, quatro para todo o tipo de torções, quatro como antidiarreicas e uma no combate às febres, entre outras doenças. A principal família utilizada é Asteraceae, com 12 espécies. As principais formas de utilização das plantas são os chás por infusão (citado 35 vezes), isoladamente ou com as partes da planta misturadas no mate quente ou chimarrão, bebidas tradicionais da região pantaneira. O número de espécies exóticas utilizadas, 19 (39,58%), indica forte influência das correntes migratórias para a região, o que pode comprometer a médio e longo prazos, o conhecimento das populações locais. Os pantaneiros tradicionais têm maior conhecimento sobre as plantas medicinais nativas do que os raizeiros das cidades de Miranda e Aquidauna, citando apenas cinco espécies exóticas (16,1%).

ASSUNTO(S)

medicina popular plantas medicinais etnofarmacologia

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