Etiologia e epidemiologia da morte de flores de pereiras europeias (Pyrus communis L.) no Rio Grande do Sul / Etiology and epidemiology of blossom death in european pear (Pyrus communis L.) in Rio Grande do Sul

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Observou-se recentemente a morte de flores de pereiras europeias (Pyrus communis L.) em pomares de Vacaria, RS. Pseudomonas syringae pv. syringae tem sido associada a este sintoma em vários países, entretanto, não há registros deste patógeno associado a flores de pereiras no Brasil. Além disso, P. syringae pv. syringae possui uma fase epifítica, não bastando a detecção da bactéria para caracterizá-la como agente causal da doença, no caso de primeiro registro no país. Assim, se faz necessário um estudo etiológico e epidemiológico da morte de flores de pereiras europeias no Rio Grande do Sul. Objetivou-se com este trabalho (i) identificar o agente causal; (ii) conhecer as condições de ambiente e hospedeiro que favorecem a doença; (iii) monitorar a presença de bactérias em gemas ao longo do ano; (iv) quantificar a doença a campo; (v) verificar a ocorrência da doença em pomares de Vacaria, RS. Os resultados dos testes bioquímicos e fisiológicos, PCR e sequenciamento do gene rRNA 16S de dois isolados patogênicos (Pack9 e Pack10) indicaram tratar-se de Pseudomonas sp., mas não P. syringae pv. syringae. O estádio fenológico, no momento da inoculação, não interferiu na intensidade da doença; temperaturas de 15 e 20 °C favoreceram a doença. A incidência média de flores necrosadas no estádio de plena floração foi de 3,8%. A presença de Erwinia amylovora e Pantoea agglomerans em gemas de pereiras europeias não foi detectada. A freqüência de P. syringae pv. syringae e Pseudomonas sp. nas gemas foi de 0,7 e 16,3%, respectivamente, sendo que a última teve um pico em outubro (30%). A ocorrência da morte de flores foi registrada nos três pomares de pereiras europeias vistoriados em Vacaria, RS.

ASSUNTO(S)

pera etiologia epidemiologia doença de planta

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