Estudos observacionais das principais fontes de emissão de compostos orgânicos voláteis (COV) em floresta intacta de terra firme na Amazônia Central

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/03/2010

RESUMO

Em escala global, as maiores emissões de compostos orgânicos voláteis (COV) biogênicos ocorrem nos trópicos, e as florestas tropicais são consideradas como sendo a maior fonte de COVs na atmosfera. Na Amazônia, uma significante fração de carbono que vai para a atmosfera é emitida na forma de COV biogênico, e o conhecimento destas emissões é importante para o entendimento da Química Atmosférica Tropical e Global e para o ciclo de carbono, e, por sua vez, para o entendimento das mudanças climáticas globais. Este estudo é parte integrante do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) e foi desenvolvido na Reserva do Cuieiras, ao norte de Manaus. As coletas de COVs foram realizadas nos meses de maio e junho de 2009, as amostras foram coletadas simultaneamente em três alturas diferentes dentro do pefil da floesta (1 m, 10 m e 20 m) na torre K34 e no solo (com liteira, sem liteira e solo mineral) para a determinação da concentração de COVs e o fluxo dos mesmos no solo. As amostras foram analisadas com Cromatógrafo a Gas acoplado ao Espectrômetro de Massas. Foram calculadas as concentrações médias dos compostos isopreno, monoterpenos e sesquiterpenos nas três diferentes alturas. Isopreno foi predominante em todas as alturas, com uma concentração média de aproximadamente 4 ppb (partes por bilhão). A soma das concentrações de monoterpenos deu abaixo de 1 ppb e as concentrações de sesquiterpenos representaram menos de 2 % dos COVs identificados. As maiores concentrações médias de monoterpenos e sesquiterpenos foram encontradas a 10 m de altura, enquanto para o isopreno, suas concentrações médias foram diretamente propocionais a altura. Das espécies químicas de monoterpenos as mais abundantes foram α-pineno, limoneno, e dentre os sesquiterpenos, o β-selineno se destacou. Identificou-se uma dependência das concentrações dos terpenóides à radiação fotossintéticamente ativa, principalmente acima de 10 m, e uma correlação entre o isopreno e os monoterpenos e sesquiterpenos. Os fluxos de terpenos do solo foram maiores com a presença da cobertura de liteira do que descoberto e as espécies mais abundantes foram canfeno, d-careno, o-cimeno e α-copaeno.

ASSUNTO(S)

interação biosfera - atmosfera isopreno monoterpenos sesquiterpenos floresta primária ciclo de carbono - amazônia. quimica da atmosfera

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