Estudos in vivo sobre flexão e extensão da coluna lombar após estabilização com sistema de parafuso pedicular com técnica de não-fusão

AUTOR(ES)
FONTE

Coluna/Columna

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-09

RESUMO

OBJETIVO: O objetivo foi determinar in vivo se a mobilidade pré-operatória da coluna lombar (geral e segmentar) é mantida depois da intervenção cirúrgica. MÉTODOS: Foram realizadas imagens funcionais da coluna lombar em flexão e extensão, usando projeção lateral em condições padronizadas. Isso permitiu a avaliação da mobilidade geral, da mobilidade dos segmentos móveis instrumentados e da altura do disco do segmento rostral adjacente (espaço intervertebral; IVS) antes e depois da intervenção cirúrgica. As imagens foram analisadas independentemente por um radiologista e por um cirurgião ortopedista. Realizou-se análise comparativa das imagens funcionais pré e pós-operatórias com o auxílio de computador e de software apropriado (ACES) para avaliar mais detalhadamente a extensão em que a amplitude de movimento foi mantida. O Oswestry Disability Index (ODI, avaliação da qualidade de vida) e a escala visual analógica (VAS, avaliação da dor) foram usadas como critérios clínicos e comparadas no pré e pós-operatório. Os intervalos médios de acompanhamento (FU, de follow-up) foram 13,5 dias (FU 1) e 19 meses (FU 2). RESULTADOS: Os resultados radiológicos mostraram que a mobilidade geral da coluna lombar (L1 a S1) diminuiu, em média, um terço na amplitude de flexão e extensão, de 25,0º antes da cirurgia, para 17,6º depois. A mobilidade dos segmentos na estabilização monossegmentar diminuiu, em média, de 3,7º para 2,3º. Os segmentos caudais da estabilização dinâmica bissegmentar mantiveram a amplitude de movimento pré-cirúrgica de 2,6º, chegando até 2,4º depois da cirurgia. O IVS não foi alterado. O ODI melhorou depois da intervenção, de 59 para 39/41 (FU 1/FU 2) pontos, enquanto a VAS (durante movimento) melhorou de 7,6 (pré-operatório) para 4,4/4,5 (FU 1/FU 2). A análise auxiliada por computador mostrou que o pequeno e funcionalmente insignificante micromovimento de 0,4º (erro de 0,12%) permaneceu no segmento móvel estabilizado com técnica de não-fusão. CONCLUSÃO: A comparação das mensurações pré e pós-operatórias mostrou que a mobilidade geral e o micromovimento segmentar foram mantidos depois de estabilização da coluna lombar com técnica de não-fusão, com instrumentação mono e bissegmentar. O segmento rostral adjacente (IVS) não sofreu colapso. Os níveis de atividade (ODI) e os sintomas dolorosos (VAS) dos pacientes apresentaram melhora significante no acompanhamento, comparável aos relatados na literatura referentes às fusões espinais rígidas convencionais.

ASSUNTO(S)

radiografia fixadores internos coluna vertebral parafusos ósseos

Documentos Relacionados