Estudos genéticos na coexistência de acromegalia, feocromocitoma, tumor do estroma gastrointestinal (GIST) e adenoma folicular de tireoide

AUTOR(ES)
FONTE

Arq Bras Endocrinol Metab

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-11

RESUMO

Relatamos o caso de uma mulher com rara coexistência de acromegalia, feocromocitoma (FEO), tumor do estroma gastrointestinal (GIST), polipose intestinal e adenoma folicular de tireoide. Aos 56 anos, ela foi diagnosticada com acromegalia por um macroadenoma hipofisário, tratado com cirurgia transesfenoidal, radioterapia e octreotide. Uma colonoscopia de rotina detectou múltiplos pólipos, que à histologia eram adenomas tubulares com alto grau de displasia. Anos mais tarde, uma ecografia detectou uma massa abdominal de 8.0 x 6.2 cm, que na exploração cirúrgica era uma lesão adrenal e outro tumor aderido à pequena curvatura gástrica. A patologia confirmou os diagnósticos de FEO e GIST. A imuno-histoquímica do FEO foi negativa para GHRH. No seguimento, encontrou-se um bócio nodular com níveis normais de calcitonina e citologia inconclusiva. Após tireoidectomia total o diagnóstico histológico foi de adenoma folicular. A história familiar era negativa para todos esses tumores. As análises genéticas para genes de síndromes de FEO/paragangliomas (SDH A-D, SDHAF2, RET, VHL, TMEM127 e MAX) e para hipofisárias (AIP, MEN1 e p27) foram todas negativas. Embora a presença de FEO e acromegalia com múltiplos outros tumores possa ser uma coexistência fortuita, acreditamos na possibilidade de uma nova variante de NEM com uma mutação germinativa de novo em um gene ainda não identificado Arq Bras Endocrinol Metab. 2012;56(8):507-12

Documentos Relacionados